Homem que matou ex-companheira em Nova Friburgo é condenado a 15 anos de prisão


Marcelle Monteiro, de 36 anos, foi morta no dia 14 de fevereiro de 2022. Julgamento de João Carlos Hottz aconteceu um ano e dez meses depois do feminicídio. Marcelle, de 36 anos, foi encontrada morta num barranco, perto de onde seu carro foi localizado pela PM carbonizado
Reprodução redes sociais
João Carlos Hottz, acusado de matar a ex-companheira, Marcelle Oliveira, de 36 anos, em fevereiro de 2022, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, foi condenado a 15 anos de prisão, em regime fechado.
O julgamento do caso ocorreu na terça-feira (13) no Fórum de Nova Friburgo e durou cerca de cinco horas. Durante o julgamento, João Carlos Hottz confessou o crime.
A condenação do réu foi por homicídio qualificado, dentro da lei do feminicídio, por motivo torpe e meio cruel.
Marcelle Oliveira, de 36 anos, foi morta em fevereiro de 2022 em Nova Friburgo
Reprodução redes sociais
O crime ocorreu no dia 14 de fevereiro em Mury. Marcelle, que trabalhava como cuidadora de idosos, estava indo para o trabalho quando foi morta e teve o carro incendiado.
O laudo da perícia apontou que o assassino colocou gasolina no corpo de Marcelle e colocou fogo. Depois, ainda com ela viva, ele asfixiou e deu oito golpes com um canivete, que foram a causa da morte.
Ao g1, a família relatou que o ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento. Ele foi preso no dia seguinte do crime, em um hospital de Teresópolis, onde deu entrada após tentar se envenenar, segundo a polícia.
Recurso para aumentar a pena
No julgamento, o assassino confirmou os fatos narrados, mas, quando questionado sobre os detalhes do crime, ele não quis falar.
Nesse caso, a pena máxima poderia ser de 30 anos, mas, com a confissão, cairia para 25 anos. Com a condenação do réu em 15 anos, a família e o Ministério Público recorreram à decisão para aumentar a pena do condenado.
“A juíza dar 15 anos de prisão pra esse assassino, pra esse monstro, que tirou a vida de uma pessoa sensacional, cheia de vida e planos, que tinha tudo pra ir pra frente. Quinze anos pra um assassino que fez o que fez com a minha irmã? Isso não é justo. A gente recorreu, porque não tem como. Sai de lá revoltadíssima! Passei mal. Tô sem chão”, relatou ao g1, ainda abalada depois do resultado, a irmã da vítima, Fernanda Monteiro.
“Era uma pessoa que corria atrás, tanto é que estava se preparando para cursar enfermagem. Ela atuava como cuidadora de idosos. Tirou a carteira de habilitação, comprou o carro, era uma guerreira”, contou uma amiga na época do crime.
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