Cronograma de desapropriações do projeto viário no Antares, em Maceió, deve ser apresentado até 30 de maio

Construção de pista que liga as avenidas Durval de Góes e Menino Marcelo é contestada por moradores. Moradores do Antares debatem Projeto Viário com Prefeitura e órgãos competentes
O Projeto Viário que deve interligar as avenidas Durval de Góes e Menino Marcelo, em Maceió, pode sair do papel após o impasse entre moradores e prefeitura de Maceió. Uma reunião mediada pelo Ministério Público Federal (MPF) estabeleceu um cronograma de ações, entre elas a de desapropriações, deve ser apresentado até 30 de maio para que os moradores da região do bairro do Antares possam se preparar para as mudanças.
O projeto faz parte das obras de mobilidade urbana previstas no acordo socioambiental firmado em 2020 entre o MPF, Ministério Público e Braskem, que garantiu a destinação de R$ 360 milhões para tal fim. As intervenções na mobilidade urbana da capital foram iniciadas em 2022, a partir da adesão parcial do município ao acordo.
Porém, a construção da pista que liga as duas avenidas foi suspensa para avaliar os impactos da abertura da nova via para moradores que serão obrigados a deixar suas casas no bairro do Antares.
A suspensão foi recomendada pelo Ministério Público Federal (MPF-AL) e pelo Ministério Público Estadual (MP-AL) após uma inspeção realizada no Loteamento Terra de Antares II, ocasião em que foram ouvidos moradores de 24 residências que devem ser desapropriadas para a construção.
Na reunião, que aconteceu na última sexta-feira (10), os engenheiros apresentaram diferentes opções, incluindo sugestões dos moradores, e discutiram as melhorias incorporadas ao projeto com base nessas propostas.
Após uma análise técnica e discussões, concluiu-se que, embora seja uma decisão da administração pública, o projeto escolhido pelo município foi considerado o mais eficaz e benéfico para a população de Maceió, tanto no presente quanto no futuro, já que há a intenção de, futuramente, interligar a via à Rota do Mar.
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Ficou acordado que o município deve realizar um levantamento psicossocial dos moradores que terão suas moradias desapropriadas, com aplicação de questionários, tanto em relação aos que têm a intenção de sair, quanto aos que gostariam de permanecer. Será feito um levantamento dos imóveis à venda e de terrenos disponíveis no residencial e entorno.
Obras tem recursos originários do acordo com a Braskem
O afundamento do solo provocado pela mineração da Braskem em Maceió provocou sérios danos à cidade, afetando também a mobilidade urbana, como o fechamento de vias importantes. No acordo socioambiental firmado em 2020, a Braskem se comprometeu a custear obras de mobilidade urbana como uma forma de reparação pelos danos causados à cidade.
A Prefeitura de Maceió ficou responsável pela execução da obras e a Braskem, pela contratação das empresas. Para essa obras, a mineradora destinou R$ 360 milhões.
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