Empresário Jorge Bischoff vira réu por importunação sexual contra fisioterapeuta em Ponta Grossa


Segundo denúncia, designer de sapatos importunou fisioterapeuta contratada para massoterapia. Defesa refuta integralmente a denúncia e diz que esclarecerá caso nos autos do processo. Jorge Bischoff tem uma marca de sapatos no próprio nome
Divulgação
A Justiça tornou réu por importunação sexual o empresário e designer de sapatos Jorge Bischoff. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a denúncia contra ele foi aceita na quinta-feira (16).
Bischoff foi denunciado pelo MP acusado de assediar uma fisioterapeuta em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Conforme o documento, a vítima sofreu o crime após ser contratada para realizar o serviço de massoterapia no empresário em um hotel, durante uma passagem dele para eventos na cidade. Entenda abaixo.
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De acordo com o MP, o caso contra Bischoff tramita na 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa. Para o crime de importunação sexual, segundo o Código Penal, a pena pode ir de um a cinco anos de reclusão em caso de condenação.
Em nota, o advogado Renato Tauille, representa Jorge Bischoff, afirmou que refuta “integralmente a denúncia” e avalia que a “acusação se baseou em elementos não contidos nos depoimentos prestados no inquérito policial”, o que segundo o advogado, será esclarecido no processo.
Vítima relatou medo em áudio
Empresário Jorge Bischoff é denunciado por suspeita de importunação sexual
O g1 e a RPC tiveram acesso a um áudio que foi enviado pela vítima a uma amiga instantes após ela sair do hotel. A mensagem foi anexada ao processo. Ouça acima.
“Ai gente… Meu Deus, eu não via a hora de sair daquele lugar! Meu Deus do céu, ai, eu ‘tô’ com muito medo. Meu Deus”, diz a vítima no áudio.
De acordo com o Ministério Público, a denúncia considerou o áudio e, também, no boletim de ocorrência que registrou o caso. O MP também considerou prints de mensagens enviadas pela vítima, entre outras informações.
“Ao chegar no quarto em que o denunciado se encontrava, esse estava somente de roupão, sem roupas íntimas, o que de plano causou estranheza na vítima. Ato contínuo, após o início da massagem, o denunciado, a todo momento, falava palavras de cunho sexual, além de mostrar seu órgão genital em diversas oportunidades”, aponta a denúncia.
Trecho da denúncia
Reprodução
O promotor responsável pelo caso afirmou que o empresário cometeu os atos “dolosamente, com consciência e vontade, ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta”.
“Praticou atos libidinosos, com o objetivo de satisfazer sua própria lascívia, contra a vítima e contra a vontade dessa”, alega, no documento.
O caso foi investigado pela delegada da Polícia Civil Cláudia Kruger, que indiciou o empresário após receber a denúncia da vítima na Delegacia da Mulher de Ponta Grossa.
O caso
Segundo o boletim de ocorrência, o crime aconteceu em 10 de abril. À polícia, a profissional disse que chegou no quarto de Bischoff para realizar o serviço de massoterapia, por volta das 16h.
A fisioterapeuta afirmou, também, que o empresário ofereceu bebidas alcóolicas, mas ela negou.
Em seguida, quando estava preparando os instrumentos de trabalho, ela disse que o empresário apareceu com o roupão aberto, sem roupas por baixo, mostrando as partes íntimas.
“Depois, ele colocou uma cueca”, disse a mulher à polícia.
Quando começou a massagem, a vítima relatou que Bischoff a elogiava.
“Ele puxou a cueca para o lado e disse que gostaria que eu massageasse a virilha dele”, relatou.
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