Justiça Militar anula punição de PM que se negou a liberar filha de vereadora durante blitz


Caso aconteceu em agosto de 2020, quando a filha da vereadora Professora Daniela (PL) acionou a comandante do batalhão na época para que sua filha fosse liberada. Ela entrou em contato com o policial, que desobedeceu a ordem. PM que guinchou carro de vereadora volta às ruas de Marília após ameaça de transferência, segundo-sargento Alan Fabrício Ferreira
Arquivo pessoal
O Tribunal de Justiça Militar anulou a punição administrativa de cinco dias de prisão dada ao sargento Alan Fabrício Ferreira da Polícia Militar de Marília (SP) por guinchar o carro onde estava a filha de uma vereadora da cidade, que estava com o licenciamento vencido e os pneus gastos, durante uma blitz, em agosto de 2020.
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O militar teria sido pressionado pela comandante do batalhão na época, Marcia Cristal Gomes, que entrou em contato com ele, após ser acionada pela vereadora Professora Daniel (PL), e determinou a liberação do carro, o que não foi feito. Naquele ano, o sargento chegou a ser transferido pelo descumprimento da ordem.
Toda a conversa teria ocorrido por causa que o policial guinchou o carro da vereadora que estava com licenciamento vencido em Marília
TV TEM/ Reprodução
A repercussão do caso gerou dois procedimentos de exoneração contra o sargento. Um já tinha sido arquivado e este segundo, do ano passado, que foi agora anulado.
A defesa do PM disse que ele continua atuando na corporação, mas internamente, sem poder usar armas, coletes e algemas, situação que deve mudar a partir dessa decisão que permite com que ele volte a atuar nas ruas.
O advogado ainda revelou que a defesa pretende processar o estado por perseguição ao policial.
Comandante da PM, tenente-coronel Márcia Cristal, é ouvida em CP sobre vereadora que teve carro guinchado em Marília
Flávio Coelho/TV TEM
A Tenente Coronel Marcia Cristal Gomes chegou a ser transferida depois da repercussão do caso e hoje está na reserva, depois de ser promovida a coronel.
A Câmara de Marília abriu uma comissão processante (CP) para investigar a conduta da vereadora, mas o relatório final, pedindo a cassação da parlamentar, foi arquivado no fim de 2020.
Pouco antes, Professora Daniela foi reeleita para mais um mandato e, com o arquivamento do caso, pôde assumir a cadeira novamente.
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