Região de Campinas cria 31 mil vagas de emprego formal em 2023; veja as ocupações que mais contrataram e que mais demitiram


Saldo de vagas é 35,5% menor que ano anterior, mas economista da PUC pondera que houve expansão pós-pandemia. Cenário na RMC reforça mudança no perfil de emprego, principalmente no setor de serviços. Carteira de trabalho; emprego; agência do trabalhador
José Fernando Ogura/AEN
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) criou 31 mil vagas de emprego formal em 2023, de acordo com o Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta terça (30). Confira, abaixo, quais as ocupações que mais contrataram e as que mais demitiram no período.
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Os dados mostram que houve desaceleração na geração de postos com carteira assinada, com queda de 35,5% em relação ao total de 2022, mas a economista Eliane Navarro Rosandiski, do Observatório PUC-Campinas, pondera que a base de comparação é diferente, uma vez que houve expansão das contratações após grande retração na pandemia da Covid-19
O setor que mais gerou empregos formais em 2023 foi o de serviços, com saldo positivo de 19,7 mil vagas, seguido por comércio, com 5 mil contratações a mais do que demissões.
Saldo de vagas por setor na RMC
Dados de 2023
Os números do Caged mostram que a região teve saldo negativo de 12.368 vagas em dezembro, o que faz parte de um cenário sazonal do emprego.
A maior parcela das demissões em dezembro foi de serviços, com fechamento de 7.417 postos. Para efeito de comparação, o comércio, que costuma ter cortes após os períodos de festas de fim de ano, registrou saldo negativo de 737 postos no último mês do ano.
Segundo Eliane Rosandiski, o dado reflete a mudança na dinâmica do emprego na região, em que o setor de serviços apresenta o caráter gerador de vagas, mas em condições diferenciadas, com maior participação de contratos temporários e para atender a demandas da indústria.
“Tem sido uma nova forma de emprego que encontra o processo produtivo. Em um cenário atual incerto, que envolve guerras, por exemplo, é natural essa economia de custos, em que empresas alugam mão de obra para o tempo que precisa”, explica.
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Na avaliação da economista da PUC, esse modelo geral maior instabilidade. “Esses contratos com um tempo de duração faz com que o planejamento de orçamento familiar seja diferente de quando tem contrato por tempo indeterminado”, destaca.

Raio-X das ocupações
Os dados do Caged mostram que as ocupações no setor de serviços são as que registram maior volume de contratações no período.
Algumas delas dentro do perfil apontado pela economista, que atendem a demandas da indústria, como é o caso dos embaladores e alimentadores de produção – o saldo, por exemplo, é bem maior que o registrado pelo próprio setor da indústria no período.

A professora e economista Eliane Navarro Rosandiski
Vaner Santos/EPTV
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