Polícia diz que ex-prefeito de Taboão da Serra forjou atentado

José Aprígio da Silva (Podemos)Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo concluiu que o atentado a tiros contra o ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva (Podemos), ocorrido durante a campanha eleitoral de 2024, foi forjado. De acordo com as investigações, a suposta tentativa de homicídio tinha o objetivo de gerar comoção e impulsionar sua candidatura à reeleição.

A operação policial, realizada nesta segunda-feira (17), resultou na prisão temporária de duas pessoas, entre elas o irmão de Aprígio. Além disso, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento no caso. A Polícia Civil confirmou a informação ao Portal iG e afirmou que o suposto ataque foi encenado.

O suposto atentado aconteceu em 18 de outubro de 2024, quando Aprígio voltava de uma visita a bairros atingidos por chuvas. Na época, foi divulgado que ele havia sido baleado no ombro enquanto estava no carro oficial blindado da prefeitura. O então candidato foi socorrido e levado ao Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, com imagens que mostravam sua camisa ensanguentada.

A versão inicial indicava que o crime teria sido uma tentativa de assassinato durante a disputa pelo comando da cidade. No entanto, as investigações revelaram inconsistências na dinâmica do ataque e apontaram para uma encenação com fins eleitorais.

Durante as eleições municipais, Aprígio disputava o segundo turno contra Engenheiro Daniel (União Brasil), que já havia terminado a primeira rodada da votação à frente, com 48,98% dos votos. No segundo turno, Daniel foi eleito prefeito com 66,27% dos votos válidos, enquanto Aprígio recebeu 33,73%.

As autoridades agora focam na identificação de outros possíveis envolvidos no esquema e na condução dos processos judiciais contra os responsáveis pela falsa tentativa de homicídio.

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