Acusado de matar ‘Gegê do Mangue’ e ‘Paca’ vai a júri popular no Ceará


Tiago Lourenço de Sá de Lima é apontado como um dos que atirou nos chefes do PCC durante uma emboscada. Acusados de matar ‘Gegê do Mangue’ e ‘Paca’ vão a júri popular.
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Um dos acusados de matar os chefes de facção criminosa de São Paulo Rogério Jeremias de Simone e Fabiano Alves de Souza, conhecidos como Gegê do Mangue e Paca, foi pronunciado pelo 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e irá a júri popular.
Conforme a denúncia do Minustério Público, Tiago Lourenço de Sá de Lima é apontado como um dos responsáveis pelo duplo homicídio dos narcotraficantes e líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que foram assassinados durante uma emboscada em 7 de agosto de 2018, em uma reserva indígena em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Investigações apontaram que as mortes de Gegê e Paca foram decorrentes de um plano arquitetado por comparsas da organização criminosa por conta de divergências internas e disputas de domínio no tráfico de entorpecentes.
Tiago chegou a ser pronunciado em abril de 2024, porém, à época apresentou recurso contra a sentença, pedindo pela despronúncia.
Ao todo, 10 pessoas foram denunciadas por participação no caso. Destes, sete foram pronunciados, um faleceu durante a tramitação do processo, um está foragido e o outro, que havia sido impronunciado, teve a denúncia aditada e o processo seguirá em fase de instrução.
O processo já conta com mais de 9 mil páginas, mas foi desmembrado pela Justiça para dar maior celeridade ao julgamento.
Outros envolvidos
Gegê e Paca levava vida de luxo através de lavagem de dinheiro
De acordo com o Tribunal de Justiça, em dezembro de 2024 o colegiado da 2ª Câmara Criminal manteve a pronúncia de quatro réus. São eles:
André Luis da Costa Lopes;
Erick Machado dos Santos;
Jefte Ferreira dos Santos e
Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos.
A defesa de André Luis, Erick e Jussara ingressou com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o caso tramita atualmente.
Da mesma forma, Ronaldo Pereira Costa teve a solicitação de impronúncia indeferida pelo 2° Grau. Já Carlenilto Pereira Maltas desistiu de recorrer da sentença de pronúncia, podendo o julgamento ser marcado após a análise do pedido de desaforamento feito pelo MPCE. A solicitação para que o caso seja apreciado em outra comarca deverá ser avaliada pela Seção Criminal do TJCE.
Bilhete encontrado na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau indica que Gegê do Mangue e Paca (nas fotos) foram mortos porque desviaram dinheiro da facção
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Em abril do ano passado, Gilberto Aparecido dos Santos foi impronunciado por ausência de indícios suficientes de autoria. Porém, o STJ determinou, em sede do Agravo Regimental, que o bilhete anônimo existente na ação penal, bem como as decisões que o tenham utilizado como fundamento, sejam desentranhados, ou seja, retirados de documento do processo de forma definitiva.
Assim, em 4 de junho de 2024, a Justiça estadual ratificou o recebimento da denúncia contra ele. O processo está suspenso para que a peça da sentença de impronúncia seja retirada dos autos. Logo após tal movimentação, o caso deve seguir em andamento.
Já Renato Oliveira Mota está foragido, por isso, é o único processo que se encontra suspenso para que os prazos não sejam computados, evitando futura prescrição. Felipe Ramos Morais faleceu durante a tramitação do caso.
Helicóptero usado em ataque a Gegê do Mangue foi achado em área de mata de Fernandópolis, no interior de SP
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