Declarações de Macron sobre o conflito na Ucrânia levaram a Rússia a responder com ameaças


O conflito diplomático começou depois que o presidente francês foi questionado sobre um possível envio de soldados para o campo de batalha e responder que ‘nada deveria ser descartado’. Declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre o conflito na Ucrânia levaram a Rússia a responder com ameaças.
O porta-voz do Kremlin afirmou que seria inevitável um conflito direto contra a Otan caso a aliança militar enviasse tropas para lutar nos fronts ucranianos.
“O fato de discutirem a possibilidade de levar contingente para a Ucrânia é um novo elemento muito importante”, disse Dmitry Peskov.
O conflito diplomático começou nesta segunda-feira (26), depois que o presidente francês foi questionado sobre um possível envio de soldados para o campo de batalha. Ele respondeu que “nada deveria ser descartado” e que assumiria uma “ambiguidade estratégica” sobre o assunto.
Declarações de Macron sobre o conflito na Ucrânia levaram a Rússia a responder com ameaças
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O problema é que essa ambiguidade pode soar como ameaça nos ouvidos do inimigo e para evitar qualquer mal-entendido, ao contrário de Emmanuel Macron, vários governos europeus, como o do Reino Unido, vieram a público nesta terça-feira (27) trazer uma mensagem enfática: não há planos para o envio de soldados para o território ucraniano.
Estados Unidos, Itália, Suécia, Polônia e outros países descartaram essa possibilidade. A Alemanha repetiu a mesma mensagem, por meio do ministro da Defesa, do vice-primeiro-ministro e também do primeiro-ministro Olaf Scholtz.
“Não haverá tropas terrestres nem soldados em solo ucraniano enviados por países da Otan”, afirmou.
O secretário-geral da Aliança Militar, Jens Stoltenberg, reforçou essa posição.
O ministro do Exterior francês tentou amenizar. Stéphane Séjourné disse. nesta terça, que a França considerava enviar soldados, não para o campo de batalha, mas para atividades específicas, como retirar minas terrestres.
As declarações reiteradas nesta terça (27) tentam blindar as palavras de Macron, para que não sejam usadas como motivo de uma escalada do conflito.
O avanço da Otan em direção à fronteira russa já foi apontada por Vladimir Putin como um dos gatilhos da guerra na Ucrânia. A aliança militar conta hoje com 31 países-membros. Em breve, serão 32, já que a Suécia tem agora apoio unânime para entrar no grupo.
Integrantes da Otan
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