Região de Presidente Prudente teve 2024 mais quente e seco em relação às médias históricas anuais, aponta climatologista


Média das temperaturas máximas ficou em 36ºC, ou seja, 2ºC acima da média histórica. Sol forte, tempo limpo, calor intenso em Presidente Prudente (SP), céu sem nuvens
Bruna Bonfim/g1
A região de Presidente Prudente (SP) teve um 2024 com temperaturas acima e um volume de chuvas abaixo das médias históricas anuais, conforme levantamento feito pelo climatologista Vagner Camarini, a pedido do g1.
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Segundo o especialista, a média das temperaturas máximas em 2024 ficou em 36ºC, ou seja, 2ºC acima da média histórica, que é de 34ºC.
A temperatura máxima registrada no ano passado foi de 40ºC, enquanto o recorde histórico é de 41,8ºC, em outubro de 2020.
Já a média das temperaturas mínimas em 2024 ficou em 13,8ºC, isto é, 0,9ºC acima da média histórica de 12,9ºC.
No ano passado, a temperatura mínima registrada foi de 5,2ºC. O recorde dos últimos 35 anos é de 0,0ºC, em julho de 2000.
Ainda de acordo com os dados apurados por Camarini, a média histórica do volume anual acumulado de chuvas é de 1.460mm.
No entanto, o acumulado em 2024 ficou em 1.300mm, ou seja, mais de 10% abaixo da média histórica.
O ano mais seco no Oeste Paulista foi o de 2021, com um acumulado de 832mm.
“Apesar da seca extrema por que passamos, analisando os dados médios anuais, o ano não foi tão ruim”, disse Camarini ao g1.
Ele ponderou que, durante a estação da primavera, entre os meses de setembro e dezembro, as chuvas acumularam um volume 20% acima da média histórica, compensando o déficit hídrico do ano.
Previsão para 2025
Em uma projeção para o ano que se inicia, Camarini afirmou ao g1 que o clima em 2025 na região de Presidente Prudente deverá ficar “dentro da normalidade”.
“O ano de 2025 começou com um período de neutralidade climática, isto é, não estamos sofrendo influências nem do ‘El Niño’ nem do ‘La Niña’. Portanto, a previsão é de que será um ano climatológico dentro da normalidade, iniciando com um verão chuvoso, quando o acumulado deverá ficar em torno de 10% a 15% acima da média histórica”, detalhou.
O outono, conforme o climatologista, terá redução das chuvas ao longo da estação e o acumulado deverá ficar próximo à média histórica.
“O inverno também será típico, isto é, com temperaturas amenas e pouca chuva, e com possibilidade de ocorrências de geadas fracas em alguns pontos da região, no mês de junho e na segunda quinzena de julho”, prosseguiu Camarini.
Já na primavera, as chuvas começarão a se regularizar, aumentando em frequência e intensidade, e o acumulado também deverá ficar próximo à média histórica.
“Segundo nossa previsão, o acumulado de chuva em 2025 deverá ficar entre 1.400 e 1.600mm e uma distribuição regular, dentro da característica da região”, complementou o climatologista ao g1.
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