MPMG faz operação para desarticular esquema criminoso envolvendo policiais civis em Montes Claros


Segundo MP, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas casas e locais de trabalho dos envolvidos. Foi determinado também o afastamento dos investigados dos cargos. A ação, denominada Efialtes, teve o apoio da Corregedoria Geral de Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Parte dos materiais apreendidos na operação
MPMG
O Ministério Público de Minas Gerais realizou uma operação para desarticular um esquema criminoso envolvendo policiais civis em Montes Claros nesta quinta-feira (12). A ação, denominada Efialtes, teve o apoio da Corregedoria Geral de Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Segundo as informações divulgadas pelo MPMG, as investigações começaram após as provas colhidas em outra operação, a Provérbios, 13:11, realizada em dezembro de 2023. Na ocasião, os alvos eram organizações criminosas voltadas para a lavagem de dinheiro oriundo de várias práticas delitivas, como agiotagem, falsidade documental e a exploração ilícita de jogos de azar.
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Segundo MP, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas casas e locais de trabalho dos envolvidos. Foi determinado também o afastamento do cargo, inclusive com proibição de acesso e frequência a prédios da Polícia Civil, suspensão do acesso aos bancos de dados das forças de segurança pública, suspensão do porte ou a posse de arma de fogo funcional e de uso privado, a indisponibilidade de bens (móveis e imóveis) e valores, além da apreensão de um veículo utilizado por um dos investigados.
“Como resultado das medidas investigativas adotadas, apurou-se a integração de policiais civis às citadas organizações criminosas, os quais, valendo-se indevidamente de suas funções públicas e desfrutando do indevido recebimento de vantagens e recursos ilícitos, garantiram a continuidade e o sucesso das práticas delitivas.”
Conforme o MPMG, os policiais atuavam no:
Repasse de informações sigilosas e de inteligência em benefício das facções criminosas;
Divulgação de informações sobre operações policiais para os líderes das organizações criminosas, de modo a protegê-los de intervenções e abordagens policiais;
Pressão e afastamento de concorrentes na exploração de jogos de azar, mediante utilização das estruturas dos órgãos do sistema de justiça criminal, por determinação dos líderes das organizações criminosas;
Prática, em conjunto com os líderes dos grupos criminosos, de agiotagem e lavagem de dinheiro.
“As investigações também apontaram indícios fortes da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro, em regime de organização criminosa, além de outros delitos correlacionados.”
O MP destacou ainda que o apoio da corregedoria foi fundamental para a realização da operação. Os promotores envolvidos na apuração disseram que têm plena confiança na instituição.
“Segundo os representantes da instituição, esses desvios de conduta não representam a PC, uma corporação formada por servidores íntegros e honrados.”
Participam da ação seis promotores de Justiça, dois servidores do MPMG e 32 policiais civis, sendo oito delegados, 19 investigadores e cinco escrivães.
As investigações continuam e estão em segredo de justiça.
Carro apreendido durante a operação
MPMG
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