Militar do Exército em MS é alvo de investigação em operação sobre tentativa de golpe em 2022

Segundo a PF, grupo se dividiu em núcleos para disseminar falsa notícia de fraude e invalidar vitória de Lula nas urnas. Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros integrava o “Núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral”. O major reformado do Exército Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros foi alvo da Operação Tempus Veritatis em Campo Grande, deflagrada nesta quinta-feira (8), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e ex-assessores. Conforme a Polícia Federal, ele integrava o “Núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral”.
Ao todo, foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.
O relatório da Polícia Federal que embasou a operação desta quinta-feira (8) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros do governo dele e militares, afirma que o grupo agia em seis núcleos para organizar uma tentativa de golpe de Estado.
Além do Amazonas, há mandados sendo cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
Além de Mato Grosso do Sul, há mandados sendo cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Três militares e ex-assessor de Bolsonaro são presos em operação sobre tentativa de golpe em 2022
A operação foi chamada pela Polícia Federal de “Tempus Veritatis” – “hora da verdade”, em latim.
Alvos da operação
Há mandados de prisão preventiva contra:
Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército;
Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
Ainda de acordo com a apuração da GloboNews, há também buscas contra:
Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição;
Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;
almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
general Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
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