Empresário condenado a 24 anos de prisão por matar garota de programa vai para regime aberto em Ribeirão Preto, SP


Pablo Russel Rocha cumpria pena em regime fechado desde 2019 em Tremembé (SP). Ele chegou a ser considerado foragido após a condenação pela morte de Selma Heloísa Artigas da Silva em 1998. Empresário, condenado por arrastar mulher até a morte, está solto em Ribeirão Preto, SP
A Justiça concedeu o direito de cumprir a pena no regime aberto ao empresário Pablo Russel Rocha, condenado por arrastar até a morte a garota de programa Selma Heloísa Artigas da Silva, conhecida como Nicole, em setembro de 1998, em Ribeirão Preto (SP). (Relembre o caso abaixo)
Pablo cumpria pena na Penitenciária 2 de Tremembé (SP) desde 2019 após ser preso em Taubaté (SP). O empresário, julgado em 2016 e condenado a 24 anos de prisão, chegou a ser considerado foragido e incluído na lista de procurados da Interpol, a Polícia Internacional.
De acordo com o advogado Leonardo Afonso Pontes, a decisão que autorizou a liberdade de Rocha não é definitiva e um recurso já foi solicitado pelo Ministério Público (MP) ao Tribunal de Justiça (TJ).
“A decisão não é definitiva, contra essa decisão já foi apresentado um recurso por parte do Ministério Público. Não é um pedido que costuma ser apreciado rapidamente […] O juízo que deferiu o pedido da defesa pode exercer o juízo de retratação, ou seja, ele poderá voltar atrás”, explica.
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Pablo Russel Rocha foi condenado a 24 anos de prisão por morte de garota de programa
Reprodução/EPTV
O crime
Pablo Russel Rocha foi condenado por homicídio triplamente qualificado por arrastar Nicole até a morte. A jovem, na época com 21 anos, estava presa ao cinto de segurança da caminhonete dele. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que ela estava grávida quando morreu.
Segundo o Ministério Público, Nicole ficou amarrada ao cinto de segurança da caminhonete de Pablo, quando tentou deixar o veículo após uma discussão entre os dois, na madrugada de 11 de setembro de 1998. Presa, ela foi arrastada por quase dois quilômetros.
Selma Heloísa Artigas da Silva, conhecida como Nicole, foi arrastada até a morte
Reprodução/EPTV
Pablo nega a versão e disse, em plenário, que arrancou com o veículo, sem perceber que Nicole havia ficado enroscada ao cinto. Ele disse aos jurados que só percebeu que ela estava presa, quando parou a caminhonete para trocar um pneu furado.
O empresário contou que ficou desesperado, desamarrou o braço da jovem e foi para casa. Ele não chegou a ser preso e respondeu ao processo em liberdade. Além do processo criminal, Pablo também foi condenado a pagar indenização à família de Nicole.
Ele chegou a ser preso após o julgamento, em junho de 2016, mas havia obtido um habeas corpus. Em agosto de 2017, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) confirmou a pena de 24 anos de cadeia ao empresário. Em dezembro de 2018, a Justiça determinou a prisão dele.
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