‘Enem dos concursos’: entenda as mudanças na estrutura e no conteúdo do novo modelo de prova

As inscrições para o certame começaram em janeiro e se encerram nesta sexta-feira (9). As provas serão aplicadas no dia 5 de maio. Para Marco Antônio Araújo Jr., presidente da Associação de Apoio aos Concursos Públicos e Exames (Aconexa), o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), também chamado de “Enem dos Concursos”, tem modificações importantes na estrutura e no conteúdo.
“Primeiro é a estrutura. O candidato vai fazer uma única inscrição, vai concorrer aos cargos do bloco temático que ele escolheu”, disse ele em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (8).
Já sobre o segundo ponto, Marco Antônio explica que a prova deve cobrar conteúdos mais voltados para “questões humanísticas”, em substituição ao que já existe nos concursos públicos atuais “para língua portuguesa, matemática, raciocínio lógico, informática e atualidade de uma maneira geral”.
“O concurso, parece, a gente vai esperar a prova para confirmar isso, mas parece que o concurso deve sair daquela linha tradicional da decoreba, de decorar uma regra, decorar um trecho da lei, alguma coisa assim, para uma análise interpretativa crítica.”
As inscrições para o “Enem dos concursos” começaram em janeiro se encerram nesta sexta-feira (9). As provas serão aplicadas no dia 5 de maio. Saiba como fazer a inscrição aqui.
Concurso unificado: menos decoreba, mais análise crítica
A prova também terá blocos temáticos de conteúdos específicos. No momento da inscrição, o candidato deve optar por um bloco temático e selecionar os seus cargos de interesse dentro dele, colocando-os em ordem de preferência.
Marco Antônio também afirma acreditar que, com a mudança na prova, haverá mais equilíbrio na concorrência. “Esse concurso, como mudou a dinâmica de conteúdo dele, está todo mundo igual, todo mundo parte do zero. É um ponto interessante, porque a concorrência vai ficar mais equilibrada.”
Outro ponto, segundo Marco Antônio, é que o candidato vai poder disputar mais de seis mil vagas pagando uma única inscrição.
“Tudo isso reduz e permite uma democratização desses órgãos, do acesso a esses órgãos, que muitas vezes estão localizados em algumas regiões do país.”
Assim, um concurso nesses moldes, como explica Marco Antônio, pode impactar positivamente na seleção dos servidores.
“O concurso existe na Constituição Federal de 88 para a administração pública selecionar o melhor servidor. E dentro de uma dinâmica como essa, de fato a administração pública vai poder selecionar o melhor servidor”, afirma.
“Porque às vezes o melhor servidor não poderia ir prestar um concurso distante da casa dele porque não tinha dinheiro, não tinha condições. E aqui a gente vai garantir um padrão de seleção do melhor servidor”, complementa.
Ouça a íntegra do episódio aqui.
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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Carol Lorencetti, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva e Thiago Kaczuroski. Neste episódio colaborou: Sarah Resende.
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