Grupo é condenado a mais de 150 anos de prisão por torturar e matar dois jovens no Ceará


Vítimas foram atacadas no momento que visitavam o filho de um deles na casa da ex. Justiça condena sete pessoas a mais de 150 anos de prisão por tortura e morte de dois jovens em Quixeramobim.
TJCE/ Divulgação
Quatro homens e três mulheres foram condenados pelo Conselho de Sentença da 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, a penas que somam mais de 150 anos de prisão, por participação nos crimes de duplo homicídio e de tortura cometidos contra dois jovens em Quixeramobim, no interior do Ceará.
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O julgamento, que ocorreu na capital, no Fórum Clóvis Beviláqua, terminou na noite desta quarta-feira (7), após mais de 20 horas de duração.
Francisco Joilson Ferreira Barros, Bianca da Silva Oliveira, Francisca Mayara Fernandes do Nascimento e Francisco Iago Rodrigues Lima foram condenados a 50 anos e nove meses de prisão. Já os acusados Bruno da Silva Araújo e Wanderson Costa Medeiros tiveram a pena de 43 anos e quatro meses de reclusão, enquanto a ré Juliana de Sousa Barbosa foi apenada a 57 anos e seis meses de prisão. Para todos eles foi negado o direito de recorrer em liberdade.
Atacado durante visita ao filho
Segundo a denúncia do Ministério Público, entre os dias 17 e 18 de junho de 2020, no Bairro Jardim Norte II, em Quixeramobim, os denunciados teriam torturado e executado Marcos Vinícius da Silva Sousa, de 16 anos, e José Maria Cosmo Ferreira, de 21 anos.
No dia 17 de julho daquele ano, por volta das 10h, as vítimas saíram da localidade de Tanquinhos, onde residiam, em direção ao centro de Quixeramobim, para que José Maria pagasse a pensão alimentícia de seu filho.
Na casa da mãe da criança, que era uma adolescente, José Maria ficou brincando com o garoto enquanto Marcos Vinícius o aguardava. Nesse intervalo, a adolescente saiu de casa e chamou os acusados.
As vítimas foram amarradas, amordaçadas e agredidas com socos, chutes e pauladas. O intuito era fazer com que os dois assumissem que faziam parte de organização criminosa rival a qual pertenciam os acusados e revelassem os nomes dos demais membros.
A tortura ocorreu até a madrugada do dia seguinte, quando as vítimas foram conduzidas ao local da execução.
A defesa dos réus pediu a absolvição quanto ao crime de tortura e homicídio, por ausência de materialidade e autoria.
Ao julgar o caso, o Conselho de Sentença da 5ª Vara do Júri de Fortaleza considerou todos os réus culpados pelos crimes e os condenou, considerando individualmente a participação, autoria e coatoria de cada um nos crimes cometidos. A sessão foi presidida pela juíza Valência Maria Alves de Sousa Aquino.
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