Grupo matou policial penal após ele desconfiar que teve dinheiro desviado por ex-funcionários, conclui polícia


Segundo a Polícia Civil, entres os cinco indiciados, três eram ex-funcionários da vítima. Outros dois indiciados pelo crime estão foragidos. Policial penal José Francualdo Leite Nóbrega, encontrado morto em Goiás
Polícia Civil/Divulgação
Cinco pessoas foram indiciadas pela morte do policial penal Françualdo Leite Nóbrega, que ficou mais de um mês desaparecido até seu corpo ser encontrado, em Cocalzinho de Goiás. Segundo a Polícia Civil, entres os cinco indiciados, três eram ex-funcionários da vítima. Outros dois indiciados pelo crime estão foragidos.
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O g1 entrou em contato com a defesa dos indiciados já presos nesta quarta-feira (7), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O indiciamento dos suspeitos aconteceu na terça-feira (6). Segundo o delegado responsável pelo caso, Vinícius Máximo, Manelito de Lima Júnior, Daniel Amorim Rosa e Felipe Nascimento dos Santos estão presos e devem responder pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e furto.
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Marinalda Mendes Vieira, que é esposa de Manelito, e Deivid Amorim Rosa de Oliveira vão responder apenas pelo crime de fraude processual. Ao g1, o delegado detalhou ainda que Deivid Amorim e Felipe estão foragidos.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o crime foi motivado por Françualdo ter descoberto que os funcionários desviavam verba de sua empresa.
“Tudo indica que o crime foi devido a vítima ter descoberto que o pessoal estava desviando dinheiro da empresa. Ele [Françualdo] marcou esse churrasco que sempre acontecia e lá ele certamente queria apurar isso. Não acreditamos que o crime tenha sido algo de momento, acreditamos que foi algo premeditado”, disse o delegado.
Churrasco com funcionários
De acordo com as investigações, José Françualdo tinha o costume de fazer um churrasco em sua chácara durante o fechamento de caixa da empresa e convidar alguns funcionários.
“Durante a confraternização, os empregados entupiram uma mangueira que abastece a casa. Quando a vítima foi arrumar, ela foi morta a tiros”, completou o delegado.
Investigação
Carro do Policial penal de Goiás desaparecido foi encontrado no DF
Divulgação/Polícia Civil
A investigação foi iniciada após o carro do policial ser encontrado queimado na zona rural de Paranoá, Distrito Federal, mas com indícios de que o agente poderia ter sido morto em Águas Lindas de Goiás. Segundo o delegado, logo no início da investigação, após depoimentos e quebras de sigilo, foi possível concluir que os funcionários da vítima seriam os suspeitos do crime.
Local onde corpo de policial penal foi encontrado, na zona rural de Cocalzinho de Goiás
Divulgação/Polícia Civil
Os dois homens que trabalhavam na loja da vítima foram presos depois de irem à casa da família de José Francualdo. No local, os familiares pressionaram um dos suspeitos, que acabou mostrando onde o corpo estava.
“Alguns dos envolvidos continuavam frequentando a [casa da] família da vítima normalmente. Um dos que nunca havia ido lá foi, os familiares começaram a questionar, ele ficou muito nervoso e ele decidiu falar onde estava o corpo”, explicou o delegado.
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Desaparecimento
José Francualdo foi visto pela última vez na manhã do dia 28 de novembro de 2023, em Águas Lindas de Goiás.
Segundo o delegado Thiago Reis da Rocha, da 6ª DP (Paranoá), por volta de 14h do dia 29 de novembro, o policial fez o último contato com a família ao trocar mensagens por meio de um aplicativo.
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Divulgação/Polícia Civil
A família registrou um boletim de ocorrência denunciando o desaparecimento. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou também não ter conseguido localizar ou falar com o policial penal na época.
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