
Sargento da Polícia Militar do Pará, Artur dos Santos Júnior, responde pelo caso de importunação sexual e tentativa de homicídio em liberdade. A vítima continua com a bala alojada no corpo. Justiça realiza 1ª audiência de instrução de jovem baleada por PM no Pará
Familiares, amigos e representantes de movimentos sociais de defesa das mulheres acompanharam nesta terça-feira (6) uma audiência envolvendo a jovem que foi baleada na barriga por um sargento da PM após tentar se defender de uma importunação, em Belém.
O sargento da Polícia Militar do Pará, Artur dos Santos Júnior, responde pelo caso de importunação sexual e tentativa de homicídio em liberdade. O Ministério Público do Estado recomenda que o acusado seja julgado perante o Tribunal do Júri.
A primeira audiência de instrução foi presidida pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima. A vítima, Catharina Palmerin, de 24 anos, foi ouvida de forma virtual.
“Em via pública ele estava se masturbando, olhando para a vítima e depois, no caso, a lesionou, somente não alcançando seu intento que era matá-la em razão da interferência de terceiros”, diz o promotor Edson Augusto Souza.
A audiência de instrução é a fase para verificar se a acusação se sustenta com base nos relatos da vítima e de testemunhas. Uma testemunha importante do caso faltou à audiência desta terça.
“Nós não vamos manifestar do que vamos alegar para o Artur. Por enquanto nós não vamos externar ainda”, afirma o advogado Pedro Gomes.
Uma nova audiência foi marcada para o dia 11 de abril de 2024, momento em que o policial Artur dos Santos Júnior será interrogado.
“Que não venha acontecer novamente tudo o que a Catharina está passando. Não foi somente naquele dia”, diz Luara Silva, tia vítima
O crime
A jovem estava na parada de ônibus e iria para o cinema encontrar outras amigas quando foi baleada. O sargento da PM, Artur dos Santos Junior, está encostado em um carro. Inquieto, ele parece observar a vítima, até que se aproxima, fala algo, e ela sai de perto.
Depois, Catharina já aparece tentando se livrar do homem. A jovem resiste, entra em luta corporal e, em seguida, aparece sozinha, no chão.
Sargento da PM, Artur dos Santos Junior.
Reprodução
A irmã da jovem diz que ela ainda tentou se defender, usando uma espécie de canivete, mas foi atingida por um tiro no abdômen.
Catharina ficou internada durante vinte e cinco dias e passou por duas cirurgias. A bala continua alojada no corpo da jovem.
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