Nº de acidentes com escorpiões sobe 15,1% na região de Piracicaba em 2023; veja orientações


No ano passado, foram 3.483 casos e uma criança de 5 anos morreu. Entenda que medidas adotar em casos de picada e como prevenir a proliferação desses aracnídeos. Escorpião-amarelo, que tem a picada mais potente entre todos os escorpiões do Brasil
Vitor Corrêa Dias/iNaturalist
O número de acidentes com escorpiões teve um aumento de 15,1% na região de Piracicaba (SP) em 2023. É o que apontam dados do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Piracicaba.
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Segundo o relatório, no ano passado foram 3.483 casos de pessoas picadas pelo aracnídeo, e uma delas morreu. Já em 2022, foram 3.026 registros e também ocorreu um óbito.
Os dados também mostram que em 2023 ocorreu incidência de oito acidentes do tipo para cada 100 mil habitantes da região. Já no ano anterior, essa mesma proporção foi de sete picadas.
Criança de 5 anos morreu
Em 12 de agosto do ano passado, a menina Jamily Vitória Duarte, de 5 anos, morreu em Piracicaba após sofrer a picada de escorpião e, segundo a família, ocorrer demora na aplicação do soro antiescorpiônico nela na rede pública de saúde. O caso é investigado por diferentes órgãos.
Na Câmara, também foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o que ocorreu. Segundo a CPI, a médica que atendeu a garota disse em depoimento que não sabia que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde fez o atendimento tinha soro antiescorpiônico.
O que fazer em caso de picada?
Em caso de acidente por animais peçonhentos, como os escorpiões, é preciso procurar o serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento o mais rápido possível. Caso não seja a unidade referenciada, o hospital encaminhará o paciente ao local apropriado.
“A picada de escorpião pode ser letal, principalmente para crianças até dez anos de idade, por isso é preciso que a pessoa acidentada seja encaminhada à Unidade de Saúde o mais rápido possível, para tratamento adequado” esclarece Roberta Spínola, diretora da divisão de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE).
O Estado de SP possui centros de referência para atendimento pessoas picadas por animais peçonhentos, que são abastecidos com soros antiveneno. A Secretaria de Estado da Saúde informou que possui 211 unidades com esses recursos, que cobrem todas as regiões do território estadual. Acesse a lista aqui.
Como evitar a proliferação de escorpiões?
Escorpiões são aracnídeos que se proliferam em locais quentes e úmidos, além disso, entulhos, lixos e desorganização podem favorecer o aparecimento destes artrópodes.
Para a prevenção, é aconselhável manter maior organização e limpeza nos ambientes das residências, além disso, a SES elencou algumas recomendações para precaução:
Manter jardins e quintais limpos, evitando o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas;
Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto às casas;
Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;
Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres;
Usar calçados e luvas de raspas de couro para atividades em que seja preciso colocar a mão e pisar em buracos, entulhos e pedras;
Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e as paredes, consertar rodapés despregados, colocar telas nas janelas;
Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos que servem de alimento para os escorpiões.
O CVE adverte sobre a possibilidade de maior ocorrência de escorpiões no verão, em virtude do clima quente e úmido ocasionado.
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