Ratinho Junior diz que não pode ser ‘analista de outro poder’ após ser questionado sobre retorno de sigilo em acordo de Ademar Traiano


Declaração ocorreu durante coletiva no Show Rural, no fim da manhã desta terça (6). Volta do sigilo ocorreu após Justiça acatar pedido da defesa do presidente da Assembleia Legislativa. Ratinho Junior diz que não pode ser ‘analista de outro poder’ após ser questionado sobre retorno de sigilo em acordo de Ademar Traiano
Reprodução RPC
O Governador do Paraná Ratinho Junior (PSD) afirmou, no fim da manhã desta terça-feira (6), que não pode analisar decisões de outros poderes ao ser questionado sobre o retorno do sigilo nas provas de acordo que envolve o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado estadual Ademar Traiano (PSD).
No documento que voltou a ser sigiloso, Traiano e o ex-deputado estadual Plauto Miró admitem ter recebido propina.
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“Veja, não posso ficar aqui sendo analista sobre outro poder, cabe a outro poder, a Assembleia tomar qualquer tipo de medida e fazer uma análise do que possa acontecer numa matéria corpuris deles”, disse o governador.
A declaração do governador ocorreu durante uma entrevista coletiva à imprensa na manhã desta terça (6) no Show Rural de Cascavel, evento que é considerado uma dos maiores do agronegócio do Brasil. Ratinho e Traiano integram a mesma sigla partidária, presidida no Paraná pelo governador.
A volta do sigilo no processo ocorreu após a Justiça atender a um pedido da defesa de Traiano e também de Miró.
Os advogados alegaram que os arquivos a serem liberados envolvem áudios, vídeos, depoimentos, declarações e outros documentos ligados ao caso, mas envolvendo pessoas diversas, que ainda estão em sigilo em processo que tramita na 3ª Vara Criminal de Curitiba. Veja mais abaixo.
Sobre o caso, Ratinho Jr. afirmou, ainda, que o processo não deve ter interferir no que chamou de “relacionamento republicano” entre ele, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça o Paraná (TJ-PR).
“Mas eu acredito que meu relacionamento com a assembleia tem sido muito bom e vai continuar sendo bom, porque é um relacionamento republicano, eu respeito a Assembleia, o Tribunal de Justiça e espero, e espero, eles têm feito isso, tem nos respeitado também”, destacou o governador.
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Volta do sigilo em provas
A decisão em 2ª Instância para volta do sigilo é do desembargador Luiz Mateus de Lima, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que acatou os argumentos das defesas de Traiano e Plauto.
O desembargador determinou a suspensão da ordem do imediato levantamento do sigilo dos autos, com exceção do Acordo de Não Persecução Civil e da decisão homologou o acordo até uma nova deliberação.
O magistrado anulou a decisão de 1ª Instância que tornou públicas as provas do processo no qual Traiano e Plauto admitiram que receberam propina. Entre as provas está uma gravação da negociação dos pagamentos entre o presidente da Alep e o empresário Vicente Malucelli.
Entenda o caso envolvendo o deputado Traiano:
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