Sambódromo, 40 anos: compare desenhos do projeto de Niemeyer com imagens recentes da Sapucaí

Depois de passar por outros quatro lugares no Centro do Rio, os desfiles das escolas de samba chegaram à Sapucaí em 1978, mas a estrutura fixa foi construída em 4 meses de 1983 para 1984. Initial plugin text
Em 1983, o arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer entregava seu projeto para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Os desenhos, apresentados para a imprensa na época, revelavam traços que ainda podem ser observados na Avenida (deslize as imagens desta reportagem para o ‘antes e depois’).
Depois de passar por outros quatro lugares no Centro do Rio (Praça XI, Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco e Avenida Presidente Antônio Carlos), os desfiles das escolas de samba chegaram à Sapucaí em 1978.
A estrutura, entretanto, era provisória e a prefeitura chegava a fazer testes de peso com tambores de óleo na arquibancada. Em 1983 começou a obra da estrutura fixa.
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Algumas coisas foram mudando ao longo das décadas no Sambódromo. Em entrevista na ocasião, Niemeyer (1907 – 2012) explicou que seu conceito era que a parte destinada a expectadores do chão da avenida fossem ocupadas pelo povo.
“A ideia principal foi isso, foi fazer o carnaval voltar para o povo. Que todos tenham acesso a parte térrea, às praças previstas pelo povo, de modo que as arquibancadas e os camarotes são elementos suspensos, que de modo que noao prejudiquem esse aspecto popular, que ao meu ver era o mais importante”, afirmou o arquiteto em entrevista à TV Globo em 1983.
O que continua impressionante foi o tempo em que a obra foi concluída: 4 meses. Ela tinha anunciada em setembro de 83 pelo então governador Leonel Brizola.
“Esse entusiasmo com que eles fizeram, foi feito em 4 meses, uma obra que surgiu de repente, uma decisão de 3 loucos, né? Darcy Ribeiro, Leonal Brizola e Oscar chancelando”, brinca, em entrevista ao Jornal Hoje, o arquiteto Paulo Niemeyer, bisneto de Oscar, lembrando ainda o então vice-governador, Darcy Ribeiro, que dá o nome ao sambódromo.
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