Oito pessoas são presas suspeitas de fraude no pagamento de passagens de ônibus em Curitiba, e prejuízo passa de R$ 1 milhão

Urbs estima que mais de 200 mil passagens não foram pagas desde 2023. Entenda como funcionava a fraude. Polícia prende oito suspeitos de fraude no transporte coletivo
Oito pessoas foram presas em flagrante na tarde de sexta-feira (2) suspeitas de fraude no pagamento de passagens de ônibus em Curitiba, segundo a Polícia Civil.
A Urbanização Curitiba (Urbs), empresa responsável pelo transporte coletivo na capital, estima que mais de 200 mil passagens não foram pagas, o que gera um prejuízo de mais de R$ 1 milhão.
As investigações apontaram que a quadrilha atuava em estações tubos e terminais de ônibus vendendo bilhetes por preços abaixo da tarifa, que atualmente é R$ 6.
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De acordo com a polícia, a quadrilha era formada por “olheiros”, que ficavam próximo ao local para ver a movimentação, enquanto os outros integrantes abordavam as pessoas e ofereciam para os usuários passagens abaixo do preço.
Caso o passageiro aceitasse, eles recebiam o dinheiro e aproximavam do validador um celular, que tinha um aplicativo que liberava a catraca, mas não descontava o valor.
Segundo a empresa, a fraude acontecia desde julho de 2023.
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Conforme o delegado Thiago Dantas, responsável pelo caso, o valor oferecido pelas passagens variava de acordo com a movimentação dos locais.
“Se o movimento estivesse bom, eles colocariam ali cerca de R$ 5, mas no movimento fraco eles vendiam a passagem até R$ 3. Então dependia daquele momento”, afirmou.
Os presos devem responder por estelionato e associação criminosa.
Segundo a Polícia Civil, as investigações devem continuar, a fim de reconhecer outros membros da quadrilha e localizar o mentor, que foi identificado.
Investigação levou sete meses
Oito pessoas são presas por fraude no pagamento de passagens de ônibus em Curitiba
Reprodução
De acordo com a polícia, a investigação levou cerca de sete meses e cruzou dados da Guarda Municipal (GM), Prefeitura de Curitiba e Urbs.
Os investigadores apuraram que a atuação da quadrilha acontecia em estações tubos, que não foram divulgadas, no Terminal do Portão e no Terminal da Cidade Industrial de Curitiba.
Na sexta, os policiais fizeram uma operação que resultou na prisão dos oito suspeitos.
Segundo a corporação, os agentes fizeram mais de 3 horas de campana até fazerem as prisões.
Fraude é diferente da venda de créditos
Cartão-transporte Curitiba
Divulgação/Urbs
A fraude que levou os oito suspeitos à prisão é diferente da venda de créditos.
A modalidade geralmente é utilizada por pessoas que recebem as passagens por meio do benefício de vale-transporte pelas empresas, mas não as utiliza.
Por conta disso, a pessoa vende a um usuário os créditos, que os usa normalmente.
Como explicado pela polícia, na fraude, os valores não eram descontados, mas liberavam a catraca, causando prejuízo para a empresa.
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