Sem pediatras, UPAs de Piracicaba colocam clínicos gerais para atender crianças


Segundo a Saúde, não há desassistência no atendimento a crianças e adolescentes. Na falta do especialista, médicos clínicos são direcionados exclusivamente para esse fim. UPA Vila Cristina, em Piracicaba
Divulgação/ Prefeitura de Piracicaba
Por falta de pediatras, o atendimento a crianças e adolescentes em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Piracicaba (SP) está sendo feito por médicos clínicos. A informação foi confirmada pela prefeitura ao g1 na sexta (2).
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As escalas de profissionais de todas as unidades que oferecem pronto atendimento em Piracicaba são divulgadas no site da Secretaria de Saúde. Conforme a informação disponível mais recente, os profissionais escalados para atendimento infantil nas UPAs Vila Cristina e Vila Sonia não são pediatras.
A Secretaria de Saúde informou à reportagem que solicitou detalhes sobre o atendimento pediátrico à Organização Social (OSS) Mahatma Gandhi, responsável pelo gerenciamento das UPAs Vila Sonia e Vila Cristina.
A pasta confirmou que atualmente o atendimento é feito por clínicos gerais, mas informou que não há desassistência a crianças e adolescentes. A prefeitura diz ainda que a quantidade de médicos é a exigida no contrato de gestão.
Segundo um parecer do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) emitido em 2014, não é ilegal o atendimento de crianças e adolescentes por outros médicos, que não pediatras.
“Não existe impedimento legal para que quaisquer médicos habilitados prestem assistência a crianças e adolescentes. Contudo, face à complexidade da assistência a seres em crescimento e desenvolvimento, é desejável que tal atendimento seja realizado por pediatras.”
Carência de pediatras
Segundo a prefeitura, atualmente há uma falta de médicos pediatras disponíveis no mercado de trabalho e isso ocorre em todo país.
A Secretaria de Saúde informou ainda que mantém uma Comissão de Fiscalização permanente que acompanha as ações da OSS. “Desta forma, além de acompanhar a apuração interna, sempre que necessário também é solicitado a abertura de sindicância.”
Já a Organização Social Mahatma Gandhi também afirmou ao g1 que atualmente há um cenário de carência de pediatras no mercado de trabalho.
“Na falta do médico da especialidade há a substituição pelo clínico voltado especificamente para os atendimentos do setor de pediatria, desta forma, é mantida a assistência integral dentro da especialidade pediatria, com cobertura nas 24 horas dentro do quantitativo médico firmado em contrato de gestão”, explicou.
“Nos últimos anos, temos visto as prefeituras com dificuldade para preencherem os postos de trabalho, com pediatras, sendo este um cenário nacional. A carência ocorre tanto nos postos de saúde, unidades de pronto atendimento, quanto nos hospitais”, completa a nota.
A OSS reforço que está empenhada em ampliar o número de profissionais da área e realiza uma busca por especialistas no município e região.
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