Maré vermelha: governo identifica quase 300 casos de banhistas com suspeita de intoxicação em Tamandaré


Casos foram identificados em pacientes que foram ao hospital municipal entre 26 e 30 de janeiro. Imagem de arquivo mostra a Praia de Carneiros, em Tamandaré
Daniel Machado
O governo identificou pelo menos 278 casos suspeitos de intoxicação por algas no hospital municipal de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco. O fenômeno, conhecido como tingui ou “maré vermelha”, foi identificado após visita técnica da Secretaria Estadual de Saúde (SES), feita depois de denúncias de pescadores que passaram mal.
Também houve registro de pessoas hospitalizadas em Maracaípe, em Ipojuca, também no Litoral Sul do estado. Lá, turistas passaram mal e conversaram com o g1.
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Por meio de nota, a SES informou que fez um levantamento dos prontuários de atendimentos realizados no hospital entre o dia 26 de janeiro e a terça-feira (30). Entre esses fias, foram 278 casos suspeitos da intoxicação.
A SES também disse que cerca de 200 pescadores apresentaram sintomas da intoxicação. Os sintomas apareceram após contato direto e indireto com o mar. Entre eles, estão:
Dor de cabeça;
Mal estar;
Dor no corpo;
Náusea;
Dor abdominal;
Vômitos;
Irritação nos olhos;
Irritação na garganta;
Irritação nasal;
Irritação de pele.
Os casos foram identificados por técnicos da SES em parceria com equipes de saúde da cidade. Esses casos serão analisados para confirmação ou não da maré vermelha. A secretaria reforçou que o número de casos poderá ser alterado até o final da investigação.
“Pelo momento atual do ciclo da floração dessas algas, a tendência é que haja a diminuição de casos relacionados ao fenômeno. Porém, é importante o monitoramento constante por parte dos órgãos ambientais, uma vez que novos episódios podem ocorrer durante o verão”, afirmou a SES.
A nota da secretaria também diz que não há, pelo menos por enquanto, orientação para que os banhistas evitem o mar ou o consumo de mariscos, ostras e sururu. Entretanto, é preciso se atentar ao cheiro e coloração da água do mar. “Nessa situação, deve-se evitar a proximidade com os locais afetados.
Ibama
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), informou que a maré vermelha é um fenômeno natural, “causado pelo crescimento excessivo de microalgas planctônicas que liberam toxinas, principalmente devido ao aumento de temperatura das águas do oceano nesta época do ano”.
“O Ibama segue monitorando o caso e aguarda novos dados e análises temporais do deslocamento dessas manchas de microalgas. Como medida preventiva, é sugerido que seja evitada a entrada na água e a circulação nas praias enquanto ocorrer este fenômeno”, informou o órgão ambiental.
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