10 anos após crime, advogado é condenado por espancar ex-jogador de futsal na saída de casa de shows em Sorocaba


Diego Pietro Gonçalves foi condenado a três anos de prisão em regime aberto, mas cabe recurso da decisão. André Machado, que tinha 21 anos na época, chegou a perder os movimentos dos braços e das pernas após as agressões. André chegou a perder os movimentos dos braços e das pernas após as agressões em Sorocaba (SP)
Reprodução/TV TEM
A Justiça condenou o advogado Diego Pietro Gonçalves a três anos de prisão em regime aberto por espancar o ex-jogador de futsal André Machado em frente a uma casa de shows em Sorocaba (SP), em abril de 2014. O júri ocorreu na quinta-feira (1º), quase dez anos após o crime.
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No regime aberto, a pessoa cumpre pena em liberdade, mas precisa seguir algumas regras, determinadas pela Justiça. De acordo com a Justiça, Diego foi condenado por lesão corporal dolosa, que consiste em agredir com violência ou grave ameaça. Cabe recurso da decisão.
De acordo com o processo do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), por maioria dos votos, os jurados desclassificaram a imputação referente ao crime de homicídio qualificado tentado contra a vítima. A tese de legítima defesa, apontada pela defesa de Diego, não foi aceita pelo júri.
Conforme apurado pelo g1, Diego, que é advogado, fez a sua própria defesa, ao lado de outra advogada.
Júri
O júri deveria ter ocorrido no dia 31 de agosto de 2023. No entanto, segundo apurado pela TV TEM, das cinco testemunhas arroladas, uma não compareceu por problemas de saúde. Por conta disso, o julgamento foi suspenso e remarcado para quinta-feira.
Segundo o TJ-SP, foram arroladas quatro testemunhas pela defesa e uma pela acusação. O júri foi composto por sete mulheres.
Familiares da vítima foram até o fórum para acompanhar o julgamento. A mãe de André, Claudete Alves, pediu por justiça para “virar a página”.
“Não faz diferença se ele for condenado ou não. Mas eu queria uma paz de espírito, eu queria virar a página da nossa vida para a gente seguir em frente. Enquanto isso não acabar, a gente não consegue sair disso”, desabafou.
Em agosto, quando o júri deveria ter ocorrido, familiares e amigos da vítima fizeram uma manifestação em frente ao fórum de Sorocaba, com cartazes pedindo por justiça. André, que tinha 21 anos na época, chegou a perder os movimentos dos braços e das pernas após as agressões.
Familiares e amigos da vítima fizeram manifestação pedindo justiça
Antonio Ferreira/TV TEM
Pouco tempo após o crime, Diego foi indiciado por lesão corporal gravíssima e, em dezembro de 2015, a Justiça decretou a prisão dele por tentativa de homicídio. O agressor foi levado à delegacia e, depois, levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba.
Em 2016, Diego ganhou o direito de responder ao processo em liberdade. A defesa informou que o juiz havia aceitado o pedido para revogar a prisão preventiva do rapaz.
Claudete Machado, mãe de André, mostra as medalhas que o filho ganhou como jogador de futsal
Antonio Ferreira/TV TEM
O caso
O caso ocorreu no dia 7 de abril de 2014, em frente a uma casa de shows no Jardim Iguatemi, em Sorocaba.
Segundo testemunhas, André, o irmão e os amigos estavam indo embora quando a vítima teria sido confundida com um dos jovens envolvidos em uma briga que havia acabado de acontecer. Ele foi agredido com chutes, socos e pontapés. Momentos depois, desmaiou e foi levado para o hospital.
Antes da agressão, André era jogador de futsal e passou por times grandes do estado. Ele foi submetido a uma cirurgia na medula, que foi realizada em um hospital de Itu (SP), conseguindo recuperar gradativamente o movimento das pernas e braços.
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