Estudantes ficam sem aulas por falta de transporte escolar na Bahia


Salário dos motoristas está atrasado desde dezembro do ano passado. Alunos tiveram menos de 30 dias de aula neste ano. Caso ocorre Vitória da Conquista. Alunos reclamam da falta de aula e de transporte escolar no povoado de Pradoso
Os alunos de uma escola da rede estadual, localizada no povoado de Pedrosa, zona rural de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, estão sem aulas desde o início do ano por falta de transporte escolar. De acordo com os estudantes, os motoristas do sistema, que atende tanto alunos quanto professores, pararam de trabalhar porque estão com os salários atrasados desde o mês de dezembro do ano passado.
O colégio oferece o ensino médio e possui 8 turmas, com cerca de 30 alunos cada. A maioria dos estudantes mora em povoados vizinhos e, por isso, depende do transporte escolar. Segundo os estudantes, por conta da suspensão do serviço, estes alunos, além de professores, estão impedidos de chegar à instituição de ensino. Apenas estudantes que moram nas proximidades comparecem ao colégio, mas não têm aulas.
“A criança vem aqui para a escola, fica aqui a tarde toda e acaba não tendo aula. E isso prejudica muito. E o aprendizado das crianças como é que fica?”, falou o eletricista Edimilson Nascimento, que é pai de um dos alunos da instituição.
Conforme os estudantes, foram oferecidos menos de 30 dias de aula dos cerca de 90 que deveriam ter acontecido desde o início do ano. Por conta disso, os cerca de 300 alunos do colégio estão com o ano letivo comprometido.
“Só teve mesmo acho que uns 30 dias de aula. Tem matéria que a gente teve 4 aulas e outras a gente teve umas 2. A gente ainda não fez nem a primeira unidade”, contou o agricultor João Santos.
“Nós queremos que eles paguem os motoristas para trazer a gente e trazer os professores para a gente poder retomar as aulas”, completou.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia informou que está adotando providências para regularizar a prestação do serviço. Segudo a secretaria, após a regularização será elaborado um calendário de reposição de aulas para o cumprimento dos 200 dias letivos na escola.
Por falta de transporte para alunos e professores, as salas estão vazias
Reprodução/TV Sudoeste
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