Biden reage a críticas pelo apoio a Israel e anuncia sanções a colonos judeus envolvidos em violência na Cisjordânia


Eles não poderão fazer negócios dentro dos Estados Unidos, terão os bens em território americano congelados e serão proibidos de entrar no país. O apoio aberto do presidente americano Joe Biden a Israel na guerra contra os terroristas do Hamas tem criado problemas para ele na campanha para se reeleger em novembro. E nesta quinta-feira (1º), Biden reagiu. Ele assinou um decreto que impõe sanções a colonos israelenses que atacarem ou intimidarem palestinos na Cisjordânia.
Na primeira rodada, quatro colonos israelenses foram alvos de sanções. Eles não poderão fazer negócios dentro dos Estados Unidos, terão os bens em território americano congelados e serão proibidos de entrar no país.
Colonos israelenses foram alvos de sanções
Jornal Nacional/Reprodução
Desde a guerra de 1967, Israel tem construído assentamentos na região, diz que eles não têm caráter permanente e que são importantes por questão de segurança.
A ONU aprovou, em 2016, uma resolução que considera os assentamentos uma ocupação ilegal, porque estão em áreas palestinas determinadas pelas Nações Unidas antes de 1967.
Nesta quinta-feira (1º), o gabinete do primeiro-ministro de Israel respondeu que as sanções são desnecessárias e que os colonos na Cisjordânia estão fazendo a lei israelense ser cumprida.
“Eu vejo o trauma, as mortes e a destruição em Israel e Gaza. Eu entendo a dor e paixões sentidas por muitas pessoas. Eu estou engajado, dia e noite, para trazer paz e dignidade a Gaza e a Israel”, afirmou Joe Biden.
O anúncio do decreto aconteceu momentos antes de Joe Biden embarcar para Michigan, um estado decisivo na eleição de novembro e onde muitos árabes americanos prometem não votar nele novamente. Na última eleição, Biden derrotou Donald Trump por apenas 154 mil votos no estado.
Nesta quinta-feira (1º), chefes do Hamas se encontraram com autoridades do Egito, no Cairo. Eles discutem detalhes de um acordo para uma pausa no confronto com militares israelense em Gaza em troca da libertação de todos os 136 reféns mantidos pelo grupo terrorista.
O Gabinete de Guerra de Israel também analisa a proposta que começou a ganhar forma no fim de semana, em Paris, durante encontro entre o chefe da Inteligência dos Estados Unidos e mediadores do Catar e Egito.
Em Israel, a polícia prendeu manifestantes israelenses que tentavam impedir a passagem de caminhões com ajuda humanitária. Eles querem barrar a assistência à Gaza até que todos os reféns sejam libertados.
No Iêmen, a ofensiva contra os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, continua. Na quarta-feira (31), os americanos destruíram um míssil que estava prestes a ser lançado pelos rebeldes. Também bombardearam um centro de controle e drones.
Os houthis já atacaram mais de 30 embarcações no Mar Vermelho desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.
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