Postos de Saúde de Bauru registram falta de doses da vacina contra catapora


Suspensão das entregas de novos imunizantes ocorreu porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisou mudar o processo de produção da vacina, em março de 2023. Governo do Estado de São Paulo prevê a chegada das doses em fevereiro. Vacinação contra catapora faz parte do calendário anual
Maria Lima/G1
Postos de saúde de Bauru (SP) registram falta de doses da vacina contra a varicela, popularmente conhecida como catapora.
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A queda na distribuição do imunizante ocorre desde 2023, e a expectativa era de que fosse solucionado até dezembro, como informado pelo Ministério da Saúde, responsável pela distribuição do imunizante aos municípios.
A pasta havia alegado que a suspensão das entregas de novos imunizantes ocorreu porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisou mudar o processo de produção da vacina, em março de 2023.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Bauru, para reintroduzir as vacinas na rede de distribuição, o Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis (DPNI), do Ministério da Saúde, mantém interlocução constante com a Anvisa e aguarda a efetivação das entregas por parte da Fiocruz e o recebimento de mais doses adquiridas via Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)
A pasta ainda aponta que, quando houver o recebimento das vacinas contra a varicela, imediatamente haverá o reabastecimento da vacina nas unidades de saúde.
Por fim, a Saúde de Bauru enfatiza que o Governo do Estado de São Paulo prevê a chegada dos imunizantes em fevereiro, embora sem data oficial confirmada.
Doses necessárias x doses entregues
O estado de São Paulo informou que necessita de cerca de 270 mil doses da vacina contra a catapora por mês. Porém, alega ter recebido apenas 50 mil em dezembro, por exemplo.
O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que a distribuição da vacina varicela está em processo de regularização. Em janeiro, a pasta entregou ao Estado de São Paulo 92 mil doses do imunizante. Mais doses serão entregues conforme demanda e cronograma previsto.
A pasta “está empenhada na garantia da disponibilidade de vacinas seguras e eficazes para a população brasileira, sempre levando em consideração as questões de viabilidade operacional e de acesso universal”, diz o comunicado do Ministério da Saúde.
A aplicação da vacina nas crianças ocorre em duas doses: uma com um ano e três meses de idade e o reforço, aos quatro anos.
Criança sendo vacinada contra catapora
Reprodução/TV Gazeta
Aspectos da doença
A catapora, também chamada de varicela, é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus varicela-zoster. Ela se manifesta com mais frequência em crianças, geralmente com quadros leves. Em adultos, pode ser grave, com sintomas mais intensos e complicações mais sérias.
O principal sintoma da catapora são lesões na pele, como se fossem bolhas, acompanhadas de muita coceira. O paciente também pode ter febre baixa, cansaço, dor de cabeça e perda de apetite.
A varicela é uma doença comum no mundo todo e mais prevalente no final do inverno e início da primavera. O Ministério da Saúde estima cerca de três milhões de casos da doença por ano no Brasil. As regiões com maior número de internações são Sudeste e Nordeste.
💉 A melhor forma de prevenção é a vacina. O SUS disponibiliza a tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora, e também uma versão monovalente, apenas para a varicela.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda que todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis que não tiveram catapora sejam vacinados.
Saiba mais sobre a catapora:
Transmissão: a catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus;
Sintomas: manchas vermelhas e bolhas no corpo, mal estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre baixa. Os sinais começam entre 10 a 21 dias após o contágio da doença.
Como as bolhas surgem: inicialmente, elas aparecem na face, no tronco ou no couro cabeludo, se espalham e se transformam em pequenas vesículas cheias de um líquido claro. Em poucos dias, o líquido escurece e as bolhas começam a secar e cicatrizam. Este processo causa muita coceira, que pode infeccionar as lesões devido a bactérias das unhas ou de objetos utilizados para coçar.
Isolamento: o paciente com catapora precisa ficar isolado até que as lesões de pele estejam cicatrizadas, o que acontece, em média, em duas semanas. Mãos, vestimentas e roupas de cama, além de outros objetos que possam estar contaminados, devem passar por higienização rigorosa.
Tratamento: em geral, são utilizados analgésicos e antitérmicos para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre. Antialérgicos e compressas de água fria podem ser usadas para diminuir a coceira. Não se deve coçar as bolhas e as crostas não devem ser retiradas. Permanganato de potássio e pasta d’água também podem ajudar a secar as feridas. Não se automedique: procure ajuda médica.
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