Dados de 2024 mostram que dengue mata mais mulheres e idosos em SP; estado registra mais de 680 óbitos


O g1 analisou as informações sobre mortes da doença da Secretaria da Saúde estadual entre janeiro e maio. População acima de 65 anos representa 55% das mortes. Número de casos ultrapassou 1 milhão no sábado (11) no estado. Teste rápido de dengue em uma UBS de São Paulo, em abril de 2024
Raul Luciano/Ato Press/Estadão Conteúdo
Os idosos e as mulheres são as principais vítimas da dengue no estado de São Paulo. O g1 analisou dados entre 1º de janeiro e 13 de maio deste do painel de monitoramento da doença administrado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES).
Até 13 de maio, o estado registrava 680 mortes. Desse total, 375 eram idosos acima de 65 anos. No recorte por gênero, a doença matou 357 mulheres.
A capital é a cidade com o maior número de mortes no estado, com 121 óbitos, o que representa quase 18% do total.
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Os casos ultrapassaram 1 milhão no estado no sábado (11), sendo que a capital registrou cerca de 32% do total, com 318.542.
Faixa etária
Os óbitos são divididos em nove faixas etárias. Não há informações sobre morte de crianças menores de um ano.
A maior mortalidade está no grupo que vai de 65 a 79 anos, com 202 óbitos. Em seguida estão os idosos com mais de 80 anos, com 173 mortes. Em nove óbitos não há a informação sobre idade. Confira a divisão completa:
Faixa etária dos óbitos por dengue no estado de Sp em 2024
Arte/g1
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Gênero
As mulheres são maioria nos quadros letais: 357 óbitos contra 321 de homens. Em dois casos, o gênero não foi especificado.
Óbitos de mulheres por faixa etária:
1 a 4 anos – 2 óbitos
5 a 9 anos – 1 óbito
10 a 14 anos – 5 óbitos
15 a 19 anos – 4 óbitos
20 a 34 anos – 39 óbitos
35 a 49 anos – 64 óbitos
50 a 64 anos – 56 óbitos
65 a 79 anos – 88 óbitos
Mais de 80 anos – 93 óbitos
Sem informação de idade – 5 óbitos
Óbitos de homens por faixa etária:
1 a 4 anos – 2 óbitos
5 a 9 anos – 1 óbito
10 a 14 anos – 1 óbito
15 a 19 anos – 7 óbitos
20 a 34 anos – 30 óbitos
35 a 49 anos – 31 óbitos
50 a 64 anos – 53 óbitos
65 a 79 anos – 114 óbitos
Mais de 80 anos – 80 óbitos
Sem informação de idade – 4 óbitos
Do início dos sintomas até a data do óbito
Também foi analisado o tempo em que os pacientes levaram entre os primeiros sintomas e a data da morte. Ainda segundo o painel de monitoramento da secretaria, em seis dos casos, os afetados pela doença sentiram os sintomas no mesmo dia em que morreram.
O máximo registrado é de 101 dias, e a média é que a morte ocorra nove dias após os primeiros sintomas.
Cidades
Confira as cidades que registraram mortes neste ano até 13 de maio:

Capital
Em São Paulo, todos os bairros da capital seguem em situação de epidemia segundo o boletim de arboviroses publicado de 13 de maio. Para configurar situação epidêmica, a região precisa somar mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Os óbitos, também no dia 13, segundo o painel da Secretaria da Saúde, totalizavam 121.
Movimentação de pacientes, muitos com suspeita de dengue, na sala de espera da UPA Perus, na Zona Noroeste de SP
Adriana Toffetti/Ato Press/Estadão Conteúdo
Faixa etária:
Faixa etária dos óbitos por dengue na cidade de São Paulo em 2024
Arte/g1
Gênero
Na capital, as mulheres também são as que mais morrem: foram 64 óbitos de janeiro a 13 de maio. Os homens somam 56 e em um caso a informação não foi especificada.
Óbitos de mulheres por faixa etária:
1 a 4 anos – sem registro
5 a 9 anos – 1 morte
10 a 14 anos – 2 mortes
15 a 19 anos – sem registro
20 a 34 anos – 8 mortes
35 a 49 anos – 12 mortes
50 a 64 anos – 10 mortes
65 a 79 anos – 13 mortes
Mais de 80 anos – 16 mortes
Sem informação de idade – 2 mortes
Óbitos de homens por faixa etária:
1 a 4 anos – sem registro
5 a 9 anos – 1 morte
10 a 14 anos – sem registro
15 a 19 anos – sem registro
20 a 34 anos – 9 mortes
35 a 49 anos – 4 mortes
50 a 64 anos – 8 mortes
65 a 79 anos – 23 mortes
Mais de 80 anos – 11 mortes
Sem informação de idade – 2 mortes
Do início dos sintomas até a data do óbito
Diferentemente do estado, a capital não registra mortes no mesmo dia do início dos sintomas. O período, na cidade, varia entre 1 e 101 dias, e a média é de 11 dias.
*Sob supervisão de Livia Machado

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