Carnaval de BH tem base de apoio para mulheres vítimas de violência sexual; saiba onde procurar


De toque sem permissão a beijo forçado, importunação sexual é crime e a pena pode chegar até cinco anos de prisão. Mulheres podem buscar ajuda jurídica e psicológica de forma gratuita durante a folia. ‘Não é Não’: tatuagens temporárias mandam recado contra assédio no Carnaval de BH
Qu4rto Studio/Divulgação
Mulheres que perceberem que sofreram algum tipo de importunação sexual durante o Carnaval de BH terão apoio psicológico e acompanhamento de assistentes sociais de forma gratuita.
O projeto Plantão Integrado Acolhe — feito exclusivamente por mulheres — terá uma base de apoio fixa na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O serviço funcionará todos os dias da folia, de 10 a 13 de fevereiro, das 10h às 19h, na sede do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG).
A ideia é que vítimas de assédio ou violência sexual encontrem no local o serviço de assistência social, segurança, orientação jurídica e apoio psicológico. A base de apoio também terá um varal solidário, caso essas mulheres não se sintam confortáveis para voltar para casa com a roupa usada na folia.
“O compromisso da Polícia Civil é da garantia, da segurança dos mineiros em, especialmente, das mulheres, que mais comumente são vítimas de violência, especialmente no caso de importunação sexual, de assédio sexual”, disse a delegada-geral Letícia Gamboge.
Como identificar
O crime de importunação sexual nem sempre deixa marcas no corpo da vítima, mas pode ser percebido por outros tipos de comportamentos. Como:
Toque no corpo sem permissão da mulher;
Beijo forçado;
Puxão de cabelo;
Ameaças.
Segundo a advogada Isabella Pedersoli, presidente da Comissão de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), as mulheres também devem observar outros tipos de violência.
“A partir de uma negativa de não corresponder ao flerte, ao beijo, à investida, e ela passa a ser julgada e ameaçada, pode ser considerado como crime de injúria. No Carnaval, por menor que seja e por mais que pareça inofensiva aquela forma de violência, ela é sim considerada violência”.
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