Dentista denunciado por tentativa de feminicídio em Curitiba vai responder em liberdade, decide Justiça


Lucas Caetano Uetanabaro é suspeito de agredir por horas e manter a esposa Tatiana Bardini em cárcere privado. Suspeito foi preso em flagrante no início de janeiro. Acusado de tentativa de feminicídio vai responder em liberdade
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu, na segunda-feira (29), um habeas corpus ao cirurgião dentista Lucas Caetano Uetanabaro, de 42 anos, denunciado por agredir, tentar matar e manter em cárcere privado a esposa Tatiana Bardini, de 40 anos.
O caso aconteceu no início de janeiro no bairro Mossunguê, em Curitiba. Na época, após o crime, Tatiana publicou vídeos relatando a violência que sofreu.
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Lucas foi preso em flagrante no início de janeiro e denunciado pelo Ministério Público (MP-PR) por homicídio com quatro qualificadoras: feminicídio, motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
No pedido de habeas corpus, a defesa do dentista alegou que a prisão não tinha fundamentos legais, tese que o desembargador da 1ª Câmara Criminal, Miguel Kfouri Neto, concordou e concedeu a liminar.
Em nota, a defesa de Lucas disse que a decisão foi “assertiva e está em consonância com os precedentes dos Tribunais Superiores”.
Lucas Caetano Uetanabaro
Reprodução/RPC
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O caso
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Segundo a Polícia Civil, as agressões começaram na madrugada do dia 4 de janeiro e perduraram até a tarde do dia 5. De acordo com a Polícia Militar (PM-PR), as agressões de Lucas contra Tatiana só pararam após a chegada dos militares.
No local, a vítima foi encontrada com diversos hematomas no corpo e precisou de atendimento médico.
Quem acionou a polícia foi a irmã da vítima. Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, na casa havia muita bagunça e móveis revirados.
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De acordo com testemunhas, Tatiana e Lucas tinham vivido juntos por cerca de seis anos. Eles se separaram, mas tentavam reatar o relacionamento.
Na mesma semana das agressões, a vítima prestou depoimento na Casa da Mulher Brasileira. Segundo a delegada Fernanda Moretzsohn, as agressões foram motivadas por ciúme.
Tatiana mostra marcas da agressão
Reprodução/Redes sociais
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