Investigados pela morte de rapaz durante festa à fantasia em Brasília de Minas são presos


Segundo a Polícia Civil, Thiago Alves Ramos, de 23 anos, morreu em decorrência de uma hemorragia após ser ferido no peito com uma garrafa. Policiais com um dos investigados
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Dois investigados pela morte de um rapaz em uma festa à fantasia em Brasília de Minas foram presos preventivamente nesta terça-feira (16). Segundo a Polícia Civil, Thiago Alves Ramos, de 23 anos, morreu em decorrência de uma hemorragia após ser ferido no peito com uma garrafa.
“As provas levantadas indicam que ambos estavam na festa, tanto autor e vítima, quando esbarraram um no outro e começou ali uma desavença, só que terceiros intervieram e os afastaram. Mesmo afastados, o autor provocava a vítima e a vítima revidou às provocações verbais”, detalhou o delegado Flávio Cavalcanti Rocha.
Jovem morre após ser agredido em festa à fantasia, em Brasília de Minas
A confusão continuou com a participação de um segundo homem (veja o posicionamento das defesas dos presos mais abaixo).
“Em determinado momento, o autor surpreendeu a vítima com golpes e socos, e um segundo [homem] identificado também participou e começou a socar a vítima. O autor principal estava com uma garrafa na mão, quebrou essa garrafa e golpeou a vítima novamente na altura do peito, perto da axila, o que gerou a hemorragia e o óbito”, completou o delegado.
Thiago Alves Ramos recebeu atendimento médico no hospital da cidade, mas precisou ser transferido para Montes Claros por conta da gravidade de seu estado de saúde.
Thiago Alves Ramos morreu após ser agredido em uma festa
Divulgação
Ainda conforme Flávio Cavalcanti, a PC tem relatos da participação de um terceiro homem, que também teria cometido agressões contra a vítima. O promotor de justiça João Paulo Fernandes informou que a prisão preventiva dele foi pedida e que o investigado é considerado foragido.
“A finalidade da prisão preventiva é principalmente proteger a sociedade de novos ataques por parte desses autores e também para que se garanta o julgamento célere, a antecipação da colheita de provas e os depoimentos deles na condição de denunciados, levando-os ao julgamento o mais rápido possível, que é o que a sociedade deseja hoje em dia que a impunidade não prevaleça.”
O promotor esclarece que crimes dessa natureza são incomuns em Brasília de Minas e que prisão é uma reposta importante para um fato grave.
“Pretendemos que seja oferecida a denúncia, a ação penal, contra os três envolvidos levando a cabo e chegando ao encerramento por meio do Tribunal do Júri, uma vez que se tratou de um homicídio qualificado, por meio cruel, por motivação torpe e por recurso que tornou completamente impossível a defesa da vítima, que se encontrava sozinha e foi atacada por três jovens.”
Laura Almeida, prima de Thiago, diz que ele era “carinhoso e muito tranquilo”. Ela falou que o desejo da família é que os culpados sejam punidos. O jovem era filho único e trabalhava em uma farmácia da cidade.
“A gente tá indo atrás de justiça, de alguma coisa para confortar a família, porque é uma situação muito difícil […] Nada vai trazer ele de volta ou vai desfazer o que está feito, mas que sirva de exemplo para pessoas terem mais empatia, foi um motivo tão bobo… […] o mínimo que a gente espera é que os responsáveis sejam punidos de fato e que sirva de exemplo.”
O que dizem as defesas
Como a investigação ainda está em andamento, os nomes dos investigados não serão mencionados pelo g1.
O advogado Antônio Marcondes, que defende o preso, de 21 anos, afirma que “meu cliente é totalmente inocente e não teve qualquer participação nesse fato criminoso. Ademais, meu cliente compareceu espontaneamente à delegacia de polícia e prestou todas as informações necessárias aos esclarecimentos dos fatos e não prejudicou em nenhum momento as investigações. A prisão preventiva decretada em seu desfavor é totalmente injusta e precipitada.”
Carlos Pereira de Carvalho Júnior, que defende o outro preso, de 30 anos, destacou que “meu cliente se apresentou espontaneamente à delegacia da Polícia Civil, esclarecendo os fatos da forma como ele entende que ocorreram, relatou todo o ocorrido e reafirmou perante a autoridade policial que não teve nenhuma participação nos golpes que levaram à fatalidade ocorrida.”
Os defensores disseram ainda que estão tomando as medidas para solicitar a soltura de seus clientes.
Já o advogado Petrônio Braz de Carvalho, que defende o investigado que está sendo procurado, conforme destacou o promotor de justiça, informou que houve uma luta corporal entre seu cliente e a vítima, mas em nenhum momento ele utilizou garrafa ou outro objeto cortante que pudesse matar o jovem.
“Esperamos que as circunstâncias do crime sejam devidamente apuradas e que as responsabilidades sejam devidamente especificadas e que cada um pague na medida daquilo que cometeu.”
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