Menina de sete anos com síndrome nefrótica morre de pneumonia após 12 dias internada, diz mãe


Maria Eduarda fazia tratamento contra a síndrome há cinco anos. A criança morreu na última quinta-feira (25), por causa de uma parada cardiorrespiratória. Menina de 7 anos morreu após complicações de uma pneumonia
Arquivo Pessoal/Gislene da Silva
Maria Eduarda Vieira Santos, de 7 anos, morreu por complicações de uma pneumonia. Ela passou 12 dias internada em um hospital de Palmas, após sentir cansaço e ficar com o rosto e barriga inchados, segundo a mãe, Gislene da Silva. A criança tinha síndrome nefrótica e fazia tratamento há cinco anos. Maria Eduarda morreu depois de ter uma parada cardíaca no dia 25 de janeiro.
Segundo a mãe, Maria começou a apresentar os sintomas no dia 14 deste mês. No mesmo dia ela foi levada para um hospital particular da capital, onde foi internada e iniciou um tratamento relacionado a síndrome. Na segunda-feira (15), a menina passou por um raio-x, que mostrou uma mancha pequena no pulmão.
“Ela acordou sentindo um cansaço. No caso, quando ela começava a perder as proteínas, a primeira coisa que inchava era o rosto e a barriguinha. Levamos ela para o hospital para fazer todo o procedimento que ela sempre fazia nas internações, que é a reposição da albumina juntamente com o antibiótico, para desinflamar os rins. Quando foi dia 15, eles viram que ela tinha uma mancha no pulmão, porém essa mancha era pequena ainda, né? Só que ela continuou com o tratamento para síndrome”, explicou a mãe.
A síndrome nefrótica é uma doença que afeta o funcionamento dos rins. A família descobriu a doença em dezembro de 2019. Segundo a mãe, por causa da síndrome a filha não podia ter nenhum tipo de infecção ou quadro viral, se não os rins inflamavam e ela passava a perder as proteínas do corpo pela urina.
“Ela perdia as proteínas, aí ela começava a ter retenção de líquido, daí ela precisava internar para fazer reposição da albumina, para fazer todas as reposições do que ela perdia. No caso dela, mesmo se a gente conseguisse um implante renal para ela, não iria adiantar porque seria algo do corpo dela que desenvolvia algum quadro infeccioso. E aí o rim dela ia inflamar do mesmo jeito e ela ia continuar perdendo todas as proteínas”, contou.
Após ser internada, Maria chegou a apresentar melhoras. Na sexta-feira (19), o quadro pulmonar piorou ela teve que ser levada para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de outro hospital. Segundo a mãe, a filha chegou a passar muito mal no sábado e domingo daquela semana e na segunda-feira foi entubada.
Já na quinta-feira (25), Maria foi encaminhada para a Unidade Intensiva do Hospital Geral de Palmas (HGP) para fazer hemodiálise. Gislane contou que após a hemodiálise a filha teve uma parada cardiorrespiratória.
“Durante o processo de hemodiálise ela não teve nenhum intercorrência, mas aí depois do processo ela teve uma parada cardiorrespiratória. Eles reanimaram ela, ela voltou, mas aí depois teve diversas paradas. Na sexta parada, ela não resistiu.
Dor imensurável
Maria Eduarda tinha síndrome nefrótica e fazia tratamento há cinco anos
Arquivo pessoal/Gislene da Silva
Maria Eduarda era estudante do 3º ano da Escola Municipal Benedita Galvão. O município publicou uma nota de pesar lamentando a “partida precoce da pequena Maria”.
Gislane diz que a dor de perder um filho é imensurável. Ela lembra com carinho da filha que era carismática, inteligente e muito querida.
“Meu coração está dilacerado. Ela era uma criança muito meiga, muito inteligente, onde ela chegava ela sempre se destacava. Ela sempre gostava de agradar as pessoas com cartinhas, com mimos, sabe? A gente está sentindo muito. A sua partida precoce, né? Não só pelo jeitinho dela meigo de ser, mas a dor de perder um filho não é fácil. A Maria Eduarda, ela não era minha única filha. Ela deixou um irmãozinho de 11 anos, que é o Pedro Lucas, e a Yasmin, de 6 anos, estão sofrendo muito com a sua partida”, contou a mãe.
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