Ex-policial militar vai a júri popular por morte da ex-namorada em Franca, SP


Douglas da Silva Teixeira é acusado do feminicídio de Thabata Caroline Gonzales Silva, em novembro de 2021. Vítima, de 34 anos, tinha terminado relação marcada por ciúmes. Ex-policial acusado de matar namorada vai ser julgado em Franca
O ex-policial militar Douglas da Silva Teixeira vai a júri popular nesta quinta-feira (18) no Fórum de Franca (SP) pelo feminicídio de Thabata Caroline Gonzales Silva. A vítima foi morta em 2021, aos 34 anos, após terminar o relacionamento com o acusado. O corpo dela tinha marcas de tiro e estava dentro de um carro abandonado na chácara dos pais do ex-namorado.
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Teixeira é réu confesso e está preso preventivamente no presídio militar Romão Gomes, em São Paulo (SP). Ele era soldado da Polícia Militar, mas foi expulso da corporação em 2022. Se for condenado, deve cumprir pena em uma penitenciária comum.
Procurada pela EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa do ex-PM não comentou o assunto.
Thabata Caroline Gonzales Silva foi encontrada morta dentro de carro estacionado em chácara em Franca, SP
Arquivo pessoal/Divulgação
O crime
Thabata foi encontrada morta em 18 de novembro de 2021. A perícia apontou que ela foi baleada no lado direito da cabeça.
Principal suspeito do crime, o ex-namorado dela se apresentou à polícia dias depois e disse que o disparo foi acidental, porque ele estava tentando evitar que Thabata se matasse com a arma dele. Laudos periciais descartaram a hipótese de Teixeira.
Segundo a Polícia Civil, o casal manteve um relacionamento por dois anos, mas estava em processo de separação porque a relação era conturbada por causa de ciúmes. Familiares da vítima disseram que Teixeira insistia em retomar o relacionamento.
Na madrugada do crime, o policial teria saído do serviço por volta das 2h e, na sequência, avisado um colega que “teria feito uma cagada”.
O policial militar Douglas da Silva Teixeira é suspeito de matar a ex-namorada, Thabata Gonzales, em Franca, SP
Reprodução
Um dia antes de ser morta, Thabata havia registrado um boletim de ocorrência contra Teixeira, alegando ter sido agredida por ele. Ela relatou que, na volta de uma festa, ele tentou manter relações sexuais com ela. Ao negar, segundo o depoimento, foi ameaçada com uma arma e agredida no pescoço.
Na época, ela enviou um vídeo para familiares mostrando marcas no pescoço atribuídas às agressões de Teixeira (assista abaixo).
Antes de ser encontrada morta em Franca, SP, vítima registra marcas de agressão em vídeo
Segundo a família, Thabata também enviou uma mensagem de texto à mãe pedindo que ela tomasse conta dos filhos, como se estivesse temendo o pior.
“Mãe, cuide bem das crianças, proteja com unhas e dentes, como a mãe maravilhosa que você sempre foi. Gratidão por nossa família. (…) Mãe, busca as crianças assim que você acordar. Eles estão sozinhos e eu não estarei mais aqui”, dizia um trecho.
Em dezembro de 2021, a Justiça decretou a prisão preventiva de Teixeira.
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