Morre no Rio mestre Mugue da Portela


Arnaldo Manoel de Jesus comandou a Tabajara do Samba em oito desfiles; velório e enterro será neste sábado (6) no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte. Causa da morte não foi revelada. Mugue, integrantes da Portela e Luiza Brunet na década de 1990
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Morreu nesta sexta-feira (5), Arnaldo Manoel de Jesus, o mestre Mugue, de 72 anos, que comandou a bateria da Portela em oito carnavais, entre eles o de 1995, quando a agremiação foi vice-campeã do Grupo Especial com o histórico “Gosto que me enrosco”.
A causa da morte do baloarte não foi divulga. No entanto, o veterano lutava contra uma infecção, de acordo com informações divulgadas nas redes sociais da escola de Oswaldo Cruz e Madureira.
O velório acontecerá neste sábado (6), a partir das 14h30, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte. O enterro está previsto para às 15h.
O nome pelo qual era popularmente conhecido teve origem num antigo bonequinho chamado “Mug”, se transformando em apelido para toda a vida. Mais do que isso, esta virou a marca com o qual ficou conhecido no “mundo do samba”, a alcunha que o acompanhou ao longo de sua intensa jornada no carnaval.
Exímio sambista, Mugue começou como passista na Unidos de Padre Miguel, aos 13 anos.
Arnaldo Manoel de Jesus tinha 72 anos
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Arnaldo chegou à Portela em 1971 e passou a integrar a bateria tocando agogô. Ele fez parte do grupo musical “Os Dez de Ouro”, com outros talentos da casa, em shows no Rio e fora do estado, um deles em 1977, quando chegou a se apresentar para Pelé em um hotel de luxo, em São Conrado, na Zona Sul.
Anos depois, ele exerceu as funções de diretor e mestre, assumindo o comando da tabajara do samba em 1995, estreando no memorável desfile “Gosto que me enrosco”.
Esteve, ainda, à frente dos ritmistas em 1996, dividindo o posto com Paulinho Botelho, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002 e 2004. Seu último ano foi marcado pela reedição do samba “Lendas e Mistérios da Amazônia”.
Fora do samba, Mugue trabalhou como segurança da fábrica da Piraquê, em Turiaçu. Além do samba, Arnaldo era apaixonado Flamengo.
Nos últimos anos, ele estava afastado das atividades da escola e quase nunca era visto na quadra.
Mugue durante desfile da Portela na década de 1990
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