Arraial do Cabo ganha ‘Casa do Autista’ no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo


Espaço, criado para assegurar os direitos das pessoas com autismo, oferece atendimento em diversas especialidades para pacientes entre 2 e 17 anos. ‘Casa do Autista’ funciona no bairro Baleia em Arraial do Cabo
Prefeitura de Arraial do Cabo/Divulgação
Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio, ganhou a ‘Casa do Autista’ nesta terça-feira (2), Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.
O espaço foi criado para assegurar os direitos das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), complementando a rede de apoio já existente no município.
No local, crianças e adolescentes, com idades entre 2 e 17 anos, têm acesso a diversas especialidades, contando com médicos, psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicomotricistas, fisioterapeutas, psiquiatras infantis, farmacêuticos, entre outras.
‘Casa do Autista’ em Arraial do Cabo vai atender pacientes entre 2 e 17 anos
Prefeitura de Arraial do Cabo/Divulgação
Os serviços serão prestados de forma gratuita.
“Vale ressaltar que todo o atendimento voltado para pacientes com autismo, que anteriormente era realizado em outras unidades, será concentrado neste novo espaço”, explicou a Prefeitura.
A Casa do Autista está localizada na Rua Fernando Mello, nº 64, no bairro Baleia.
Mês de conscientização
O mês de abril é considerado o mês de conscientização do autismo em todo o país. O Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo em 2 de abril foi estabelecido em 2007 com o objetivo de difundir informações para a população sobre o transtorno para reduzir a discriminação e o preconceito.
Entenda diferentes níveis de autismo e por que diagnóstico tardio é comum
De acordo com informação divulgada pelo Ministério da Saúde “Os transtornos do espectro autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida”.
O órgão alerta ainda:
“As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas”.
Sintomas:
Ainda segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, de acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos:
Ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
O paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
Domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.
Tratamento – Por ser um transtorno crônico, em caso de diagnóstico confirmado, a pessoa autista deve ser acompanhada por equipe multidisciplinar.
O tratamento envolve a intervenção de médicos e especialistas de diversas outras áreas, como psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores.
“É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra”, lembra o Ministério da Saúde.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.