Caso Marielle: Prisão de supostos mandantes trinca ‘pacto político’ do escritório do crime, e novas delações podem vir

A prisão de três supostos mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes trincou o pacto político do escritório do crime e novas delações podem vir depois das já feitas, de Élcio Queiroz e Ronie Lessa.
As informações são de autoridades que participaram das investigações sobre quem mandou matar a vereadora Marielle Franco, que acabou levando à morte também do seu motorista, Anderson Gomes.
Segundo essas autoridades, “as prisões de hoje trincam o pacto entre eles” e “outras delações podem ser feitas”. Na avaliação delas, a delação de Élcio Queiroz, que dirigiu o carro usado por Ronie Lessa para matar Marielle, tornou “inevitável” a de Lessa.
Derrubou, segundo elas, a estratégia anterior dos suspeitos – que, até então, negavam envolvimento no crime que chocou o país em 2018.
O pedido de prisão foi solicitado ao ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira. Autorizado rapidamente, a operação foi deflagrada neste domingo para pegar os três de surpresa, já que informações da delação de Ronie Lessa homologada na semana passada começaram a ser divulgadas.
A avaliação da Polícia Federal, que assumiu as investigações no governo Lula, é que “pela primeira vez o coração do crime organizado do Rio é atingido”.
Pela suposta participação dos três presos hoje com milícias no Rio, o ministro Alexandre de Moraes determinou que eles sejam levados para um presídio federal.
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