Caso Daniel: júri dos acusados de envolvimento na morte do jogador entra no terceiro dia


Expectativa é que julgamento termine nesta quarta (20), cinco anos após o crime. Jogador foi encontrado morto, parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, segundo polícia. Relembre o assassinato do jogador de futebol Daniel Correa Freitas
Começou às 9h, nesta quarta-feira (20), o terceiro dia do júri popular dos sete acusados de envolvimento na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas. A expectativa é que a sentença seja decidida ainda nesta quarta.
O julgamento ocorre no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, 5 anos depois do crime. O jogador de 24 anos foi encontrado morto em 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, segundo a polícia. Relembre abaixo.
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O júri deve ser retomado com as réplicas e tréplicas de acusação e defesa. Após, o Conselho de Sentença se reúne para o veredito.
Na terça-feira (19) foram ouvidos cinco réus. Na segunda-feira (18) dois réus foram ouvidos, além de 13 testemunhas.
A acusação terá 1 hora de réplica e tréplica. A defesa dos acusados deve ter o mesmo tempo.
Após isso, os jurados deverão avaliar pelo menos 150 quesitos determinados pelo juiz para proferirem a sentença.
O caso:
Como foi o primeiro dia do julgamento
Relembre ponto a ponto o caso Daniel
Quem são os acusados e por quais crimes eles respondem?
Acusados de envolvimento na morte de Daniel Correa Freitas, em 2018
Reprodução/RPC
Sete pessoas são acusadas de envolvimento no crime.
Veja por quais crimes elas respondem:
Edison Brittes Júnior: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver, corrupção de menor e coação do curso do processo;
Cristiana Rodrigues Brittes: homicídio qualificado (motivo torpe), fraude processual, corrupção de menor e coação do curso do processo;
Allana Emilly Brittes: coação do curso do processo, fraude processual e corrupção de menor
David Willian Vollero Silva: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver;
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver e corrupção de menor;
Ygor King: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver;
Evellyn Brisola Perusso: fraude processual.
Relembre o crime
O jogador de futebol Daniel Correa Freitas, 24 anos, foi encontrado morto na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em 27 de outubro de 2018. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, segundo a polícia.
O empresário Edison Luiz Brittes Júnior confessou em entrevista à RPC e em depoimento à polícia ter assassinado Daniel.
Família Brittes
Reprodução/Facebook
Tudo aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos da filha de Edison Brittes, Allana, na noite de 26 de outubro de 2018, na qual também estava Daniel, em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou na manhã do dia seguinte na casa dos Brittes.
Edison Brittes alegou, em depoimento à polícia, que Daniel tentou estuprar a esposa dele, Cristiana Brittes, e que matou o jogador “sob forte emoção”.
Antes de ser agredido e morto, o jogador Daniel trocou mensagens e fotos com um amigo em que ele aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes.
Dois dias após o crime, Edison Brittes marcou um encontrou em um shopping de São José dos Pinhais para, segundo a denúncia, coagir testemunhas. A reunião foi registrada por câmeras de segurança.
Câmeras de shopping flagram encontro de suspeitos da morte do jogador Daniel
Reprodução/TV Globo
No inquérito concluído pela Polícia Civil, o delegado Amadeu Trevisan afirmou que não houve tentativa de estupro por parte do jogador Daniel contra Cristiana. Além disso, o delegado disse que Cristiana e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia.
O delegado disse também que o jogador não teve como reagir à agressão que sofreu dentro da casa, pois Daniel estava muito embriagado. De acordo com um laudo pericial, o jogador apresentava 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue e não estava sob efeito de drogas.
Edison está preso desde 2018. Outro acusado de participação do crime, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, respondia em liberdade, quando foi preso após ser flagrado com drogas em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Os demais acusados respondem em liberdade.
Daniel Corrêa Freitas
Rubens Chiri/saopaulofc.net
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