
Mostra traz peças premiadas, estreias nacionais, internacionais e artistas renomados das artes cênicas. Conheça o trabalho de curadoria desta edição. Espetáculo ‘Gaviota’, que compõe Mostra Lúcia Camargo no Festival de Curitiba
Francisco Castro Pizzo
Selecionar espetáculos para compor a grade de programação do Festival de Curitiba não é uma tarefa fácil, além de volumosa, pois exige que os curadores assistam a muitos trabalhos em um curto período de tempo. A missão é primordial e estrutura o evento conceitualmente.
Há três anos a tarefa de definir as atrações da Mostra Lúcia Camargo cabe a um trio: a produtora e pesquisadora Daniele Sampaio; a atriz e gestora cultural Giovana Soar; e o filósofo e crítico teatral Patrick Pessoa.
A programação, que vai até 6 de abril, tem espetáculos gratuitos. Veja programação abaixo.
“A curadoria do festival exige de nós um movimento permanente, uma contínua expansão, a cada ano nossa meta é avançar em relação à mostra anterior”, conta Daniele.
De acordo com a pesquisadora, o grande passo desta edição foi reunir, pela primeira vez na história do festival, montagens de todas as regiões do Brasil.
Ao todo, a programação oferece 26 espetáculos, 22 nacionais e 4 internacionais.
“A nacionalização efetiva da mostra era um desejo da nossa curadoria, esta edição é um marco desta conquista. Realizamos um trabalho bem criterioso e chegamos em um desenho coerente e consistente, que no seu conjunto revela algumas chaves de acesso para ler o mundo contemporâneo”, declara.
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Júlio Cesar Almeida
Programação por eixos
Um dos principais eixos que inspirou a composição da programação da 33ª edição do Festival de Curitiba foi o etarismo, denominado como Eixo Futuro Ancestral.
Quatro espetáculos convidam o público a exercitar o olhar para a questão do envelhecimento, sua potência e suas inquietudes estéticas e existenciais. São eles:
Outro movimento significativo desta edição, permeado também pelo etarismo, é o da internacionalização com a escolha de quatro espetáculos provenientes da América Latina.
O Eixo Latino traz três espetáculos da Argentina, o já citado ‘A Velocidade da Luz’, além de:
A produção local também é destaque na programação. O Eixo Curitiba traz:
Como parte do Eixo Teatro no Espelho, criado em torno de peças que refletem sobre o fazer teatral, estão três montagens com versões contemporâneas do clássico de Anton Tchékhov, como a já citada ‘A Gaivota’. Além dela:
Como parte do Eixo Musical, gênero apreciado pelo público do festival, esta edição traz:
O fazer teatral com visão estética expandida recebeu o nome de Eixo Vidas Rebeldes, Belos Experimentos e é composto por quatro peças:
Três trabalhos compõem o Eixo Dança desta edição:
Como um trabalho a ser revelado, a curadoria inclui nesta edição ‘Laborioso Contato; um palhaço anuncia o fim do mundo’, que tem direção, dramaturgia e construção de Chico Henrique, artista de Quixerê, do Ceará (29 e 30 / 17h – Palco das Ruínas de São Francisco * gratuito).
Data: de 24 de março até 6 de abril de 2025
Programação: espetáculos teatrais, estreias nacionais, dança, circo, humor, música, oficinas, shows, performances e gastronomia.
Valores: de R$ 0 até R$ 85 (mais taxas administrativas)
Ingressos: No site e bilheteria física (Shopping Mueller)
Verifique a classificação indicativa e orientações de cada espetáculo.
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