Quem é a filha trans de Elon Musk que não quer saber do pai

Vivian Jenna Wilson chamou o pai de ‘homem-criança patético’, em uma entrevista para a revista americana Teen Vogue nesta quinta-feira (20). Montagem com fotos do bilionário Elon Musk e sua filha Vivian Jenna Wilson
Reprodução e Angela Weiss/AFP
Vivian Jenna Wilson, de 20 anos, chamou o pai, o bilionário Elon Musk, de “homem-criança patético”, em uma entrevista para a revista americana Teen Vogue nesta quinta-feira (20).
Vivian contou que não fala com o pai desde 2020, ano em que se assumiu como uma mulher trans. Desde então, os dois tiveram algumas brigas públicas que envolveram o processo de transição de gênero da filha e o apoio de Musk ao presidente norte-americano, Donald Trump, além de seus posicionamentos políticos.
Quem é Vivian Jenna Wilson e como é a sua relação com Elon Musk
Nascida em 2004, a jovem é filha do primeiro casamento de Musk com a autora de livros Justine Wilson e tem um irmão gêmeo, Griffin Musk.
Além dos dois, Justine e Elon também tiveram os trigêmeos Damian, Kai e Saxon, nascidos em 2006. Um sexto filho dos dois morreu ainda recém-nascido, em 2002. Veja quem são os 14 filhos de Musk no final da reportagem.
Em abril de 2022, assim que completou 18 anos, Vivian recorreu à Justiça dos Estados Unidos para mudar seu nome e retirar o sobrenome de seu pai.
Em documentos enviados à Justiça, ela listou dois motivos para a mudança: “identidade de gênero e o fato de eu não viver ou desejar estar relacionada com meu pai biológico de qualquer forma”.
Apesar de Musk comentar pouco sobre a decisão de afastamento de Vivian, usuários do então Twitter apontaram que Musk teria sido transfóbico, em 2020, após usar sua conta pessoal no Twitter e afirmar “Pronouns suck”, que traduzido do inglês significa: “Os pronomes são péssimos”.
A postagem repercutiu negativamente, já que supostamente o bilionário se referia ao tratamento de pessoas que precisam ser tratadas pelo pronome que se identificam e não o que identifica seu gênero de origem.
Musk disse que ficou extremamente magoado com a decisão de Vivian de o abandonar, segundo um artigo publicado por Walter Isaacson no “The Wall Street Journal”, que escreveu a biografia do bilionário em 2023.
Ele disse também que Musk atribui o comportamento da filha à escola progressista que ela frequentou em Los Angeles (Estados Unidos). Segundo o bilionário, Vivian “virou comunista” e cortou laços com ele.
Em entrevista ao “Financial Times” em 2022, Musk disse também disse que Vivian Jenna não queria ser associada a ele e voltou a culpar o “comunismo ensinado nas escolas” pela decisão dela.
Troca de farpas nas redes sociais
Em 2024, em sua conta pessoal no Threads, concorrente do X, Vivian chama Musk de ‘incel’ e celebrou apoio de Taylor Swift a Kamala Harris, que concorria contra Trump, apoiado pelo seu pai, à presidência dos EUA.
Na ocasião, a filha do bilionário também criticou com veemência a mensagem publicada por Musk horas depois do apoio da artista a Kamala. Wilson disse que viu “o tuíte” do pai, e o analisou:
“Nonsense hediondo de incel é nonsense hediondo de incel. Não tenho muito a adicionar, é apenas repugnante. Isso é óbvio, e se você não vê isso assim, você é parte do problema.”
O termo “incel”, dito por Wilson, se refere a um grupo masculino que prega ódio às mulheres.
Declarações recentes e ‘vergonha’ do pai
À Teen Vogue, Vivian disse não ter comunicação com sua família paterna. “Não acompanho, porque realmente não dou a mínima para o que eles fazem. Vejo coisas sobre meu pai nas notícias e penso: ‘Isso é uma vergonha’”, disse ela.
“A saudação nazista foi uma loucura. Vamos chamar um figo de figo, e vamos chamar uma saudação nazista do que é. Aquilo foi definitivamente uma saudação nazista”, afirmou ela, sobre o gesto polêmico de Musk no dia da posse de Trump, em janeiro.
Questionada se ela teria algum medo de Musk por conta de sua fortuna, ela disse que o pai é “um homem-criança patético”. “Por que teria medo dele? ‘Oh, ele tem tanto poder’. Eu não dou a mínima.”
Atualmente, Vivian está morando em Tóquio, no Japão, e estudando línguas francês, espanhol e japonês, segundo a revista americana.
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g1
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