Menina revela que era estuprada pelo pai adotivo após assistir palestra sobre violência contra a mulher na escola


Segundo a delegada que investiga o caso, a investigadora que ministrava a palestra suspeitou do comportamento apresentado pela menor durante o evento. O homem, de 55 anos, foi preso no momento em que buscava a filha na instituição. Ele permaneceu em silêncio. Investigadora durante a palestra assistida pela menina
Polícia Civil
Uma adolescente, de 12 anos, revelou que era abusada sexualmente pelo pai adotivo após assistir uma palestra sobre violência contra a mulher na escola em que ela estuda, em Montes Claros. O homem, de 55 anos, foi preso no momento em que buscava a filha na instituição.
A delegada Karine Maia conta que uma investigadora que ministrava a palestra suspeitou do comportamento apresentado pela menor durante o evento.
“Sabrina [a investigadora] percebeu que tinha na plateia uma aluna muito nervosa, com a aparência muito tensa e que chegou a chorar durante a fala. Ao final da palestra, Sabrina questionou a diretora da escola e pediu para ter um olhar especial para essa menina.”
Nessa segunda-feira (17), a adolescente contou que o último episódio de violência tinha acabado de acontecer e confirmou que já havia sido vítima de outros.
“Ela revelou que vinha sendo abusada sexualmente pelo pai adotivo desde pequenininha e com 10 anos passou a ter conjunção carnal.”
Conforme a delegada, ao ser preso em flagrante na porta da escola da filha, o homem ficou calado. Ele também não quis fornecer material genético para ser utilizado na investigação. Até então, a Polícia Civil não tem comprovação de negligência ou conivência da mãe com a situação vivida pela menor.
A apuração realizada até o momento aponta que a adolescente foi adotada pelo casal quando tinha sete anos. Desde então, ela relatou que sofre abusos. A violência sexual ocorria na residência da família e o homem aproveitava do fato de ser aposentado e da esposa trabalhar fora para praticar os estupros. Mãe e filha disseram que ele é agressivo.
“Ele proibia a menina de sair no recreio para conviver com colegas, a menina era obrigada e vestir roupas masculinas para não ficar feminina, ele chegou a cortar o cabelo dela curto alegando que seria por causa de piolho e ela ficou triste com isso. Ele proibia a menina de ter contato com outros colegas, de participar de aulas extras, de eventos do colégio. Chegou uma época em que ele passou a buscar a criança mais cedo na escola para que desse tempo de chegar em casa e, segundo ela, manter a relação sexual no horário em que a mãe não tinha chegado ainda.”
Sobre o a violência sexual contra crianças e adolescentes, a delegada diz que os pais e responsáveis precisam ter atenção ao comportamento, pois eles demostram de alguma foram que estão sendo vítimas de abusos.
O caso continua sendo investigado.
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