Servidor federal procurado há cinco anos pela Justiça é preso durante apuração de reportagem


Francineive Caldas da Silva foi preso no município de Calçoene após reportagem do g1 questionar a polícia. Servidor federal procurado há cinco anos pela Justiça é preso no Amapá
Procurado desde 2019 suspeito de furto qualificado, o servidor federal Francineive Caldas da Silva, de 49 anos, foi preso na quarta-feira (12) após reportagem do g1 entrar em contato com a Polícia Civil do Amapá durante apuração sobre mandados de prisão em aberto.
O servidor atua desde 2023 como agente de portaria de uma escola municipal no Centro de Calçoene, cidade localizada a cerca de 350 quilômetros de Macapá.
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Segundo o processo, Francineive e outros três homens teriam levado oito animais de grande porte de uma fazenda em Cutias, a 354 quilômetros de Calçoene. O caso ainda não foi julgado, portanto, ele não foi condenado ou absolvido.
Francineive Caldas da Silva, servidor procurado desde 2019 por furto qualificado, é preso após g1 questionar a Polícia Civil do estado
Reprodução/Polícia Civil do Amapá
O g1 não conseguiu contato com a defesa do agente de portaria. A Prefeitura de Calçoene informou que não tinha conhecimento da condenação. O Ministério da Gestão e Inovação, que é o atual responsável pelo contrato do servidor, ressaltou que as certidões criminais de Francineive Caldas da Silva estão sem nenhum registro de crimes, e que iria buscar detalhes sobre o processo que resultou na prisão.
A certidão negativa de antecedentes criminais, em regra, considera apenas condenações definitivas, não levando em conta investigações em andamento.
Vista aérea da cidade de Calçoene, no Amapá
PMC/Divulgação
Servidores procurados
EXCLUSIVO: Lista de procurados pela Justiça inclui servidores federais
Reportagem do g1 publicada nesta sexta-feira (14) mostra que pelo menos oito servidores públicos federais são procurados pela Justiça há meses, mas não são presos. O levantamento foi feito a partir de informações de 149 mil mandados de prisão. Para especialistas, ter procurados no serviço público mostra que o Brasil enfrenta falhas na gestão de informações.
O levantamento considerou quase a metade dos 326 mil mandados de prisão existentes no país. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tem os dados de todos os mandados, informou que não poderia fornecer detalhes dos 180 mil mandados que faltavam (clique aqui e veja como a apuração foi feita).
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