Indaiatuba e Artur Nogueira confirmam primeiras mortes por dengue em 2025; Região de Campinas chega a 34 óbitos


Com mortes confirmadas nos dois municípios, sobe para nove o número de cidades com falecimentos decorrentes da doença. dengue
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
As prefeituras de Artur Nogueira (SP) e Indaiatuba (SP) confirmaram nesta quinta-feira (6) as primeiras mortes por dengue em 2025. Com estes casos, a região de Campinas chegou a 34 óbitos que ocorreram em nove cidades, sendo que três já decretaram Estado de Emergência: Amparo (SP) , Mogi Guaçu (SP) e Morungaba (SP).
Veja lista abaixo.
Mogi Guaçu – 13
Amparo – 8
Americana – 6
Indaiatuba – 2
Artur Nogueira – 1
Campinas – 1
Espírito Santo do Pinhal – 1
Hortolândia – 1
Mogi Mirim – 1
Foram confirmados 300 casos em Artur Nogueira desde o início deste ano e nesta quinta foi registrada a primeira morte, mas a prefeitura não confirmou quem era a vítima até a publicação desta matéria.
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Em Indaiatuba, com 1.692 casos confirmados da doença, ocorreram duas mortes: uma mulher de 96 anos, sem comorbidades, segundo a família; e um homem de 66 anos com diabete e histórico de problemas no coração, resultado de uma sequela causada por Doença de Chagas.
Mortes em Americana e baixa adesão pela vacina
Dengue: com recorde de casos, Americana tem baixa adesão pela vacina contra a doença
Americana (SP) chegou a 1.841 casos e quantidade de vítimas está em seis. Vigilância Epidemiológica considera o cenário “preocupante”.
Os números de 2025 são os piores para os dois primeiros meses do ano em uma década. Em 2014, janeiro e fevereiro somaram 1.459 confirmações. Foram 9.035 casos no total naquele ano.
Já a procura pela imunização continua baixa na cidade. Americana tem 13.142 crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que podem tomar a vacina, mas só 29,8% do público-alvo tomou a primeira dose e 12,7% retornou para a segunda.
De acordo com a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Americana, Carla Soares, o número de casos até o momento preocupa por ser um período atípico.
“O período sazonal da doença geralmente começa na segunda quinzena de março, quando começa a estiagem, as chuvas param e a água acumula. Este é um ano atípico. Pela história da doença, janeiro e fevereiro não são meses comuns de tantos casos positivos assim”, explica a coordenadora.
Em relação à baixa procura pela vacina, Carla Soares atribui à resistência da população.
“A gente sente que é uma resistência. Um adolescente não vai sozinho tomar a vacina no posto, ele depende de um responsável para isso. A gente implora para a população, é uma vacina importantíssima”, afirma.
A Vigilância Epidemiológica reforça que a vacina protege contra os quatro sorotipos da dengue, que as duas doses garantem imunidade alta e previnem casos graves e óbitos. O imunizante está disponível em todos os postos de saúde de Americana.
Com recorde de casos e mais 2 mortes, Americana tem baixa adesão pela vacina contra a dengue
Reprodução EPTV
Perfil das vítimas
As duas vítimas de dengue confirmadas pela prefeitura de Americana são:
Mulher de 72 anos, moradora do bairro Jardim da Paz (estava internada em hospital público e faleceu no dia 7 de fevereiro)
Mulher de 43 anos, moradora do bairro Cidade Jardim 2 (estava internada em hospital privado e faleceu no dia 16 de fevereiro)
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