Além de Bolsonaro, quem são os denunciados pela PGR

Jair Bolsonaro foi denunciado pela PGRValter Campanato/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (18) por suposto envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. Além dele, outras 33 pessoas foram denunciadas pelos crimes degolpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Se o Supremo Tribunal Federal aceitar a denúncia, todos se tornarão réus no processo. Entre os denunciados estão militares, ex-ministros e aliados políticos de Bolsonaro, incluindo o general Braga Netto e Mauro Cid.

A Polícia Federal indiciou 33 pessoas, das quais 30 foram incluídas na denúncia da PGR. Entre os nomes denunciados estão:

  1. Ailton Gonçalves Moraes Barros;
  2. Alexandre Rodrigues Ramagem;
  3. Almir Garnier Santos;
  4. Anderson Gustavo Torres;
  5. Angelo Martins Denicoli;
  6. Augusto Heleno Ribeiro Pereira;
  7. Bernardo Romão Correa Netto;
  8. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha;
  9. Cleverson Ney Magalhães;
  10. Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;
  11. Fabrício Moreira de Bastos;
  12. Filipe Garcia Martins Pereira;
  13. Fernando de Sousa Oliveira;
  14. Giancarlo Gomes Rodrigues;
  15. Guilherme Marques de Almeida;
  16. Hélio Ferreira Lima;
  17. Jair Messias Bolsonaro;
  18. Marcelo Araújo Bormevet;
  19. Marcelo Costa Câmara;
  20. Márcio Nunes de Resende Júnior;
  21. Mario Fernandes;
  22. Marília Ferreira de Alencar;
  23. Mauro Cesar Barbosa Cid;
  24. Nilton Diniz Rodrigues;
  25. Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho;
  26. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;
  27. Rafael Martins de Oliveira;
  28. Reginaldo Vieira de Abreu;
  29. Rodrigo Bezerra de Azevedo;
  30. Ronald Ferreira de Araujo Junior;
  31. Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros;
  32. Silvinei Vasques;
  33. Walter Souza Braga Netto;
  34. Wladimir Matos Soares.

Quatro pessoas não foram indiciadas pela Polícia Federal, mas entraram na denúncia da PGR: Fernando de Sousa Oliveira, Márcio Nunes de Resende Júnior, Marília Ferreira de Alencar e Silvinei Vasques.

A denúncia

Bolsonaristas golpistas invadem Congresso, STF e Palácio do PlanaltoMarcelo Camargo/Agência Brasil – 08.01.2023

A denúncia detalha o papel de cada um na organização criminosa e as formas de atuação. Bolsonaro é acusado de liderar o grupo, promovendo discursos para contestar decisões judiciais e lançar desconfiança sobre o sistema eleitoral. Ele teria disseminado informações falsas e utilizado a estrutura do Estado para fins ilícitos.

Augusto Heleno Ribeiro Pereira e Alexandre Ramagem Rodrigues são apontados como auxiliares diretos na construção dessas narrativas.

Ailton Gonçalves Moraes Barros, Angelo Martins Denicoli, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Reginaldo Vieira de Abreu, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, Giancarlo Gomes Rodrigues, Marcelo Araújo Bormevet e Guilherme Marques de Almeida são acusados de propagar notícias falsas e atacar virtualmente instituições e autoridades.

Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Fabrício Moreira de Bastos, Márcio Nunes de Resende Júnior, Nilton Diniz Rodrigues, Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araujo Junior são denunciados por pressionar o Alto Comando do Exército a aderir a um golpe.

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, é acusado de usar a Polícia Rodoviária Federal para dificultar o transporte de eleitores da oposição no dia das eleições e de omissão como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal nos atos de 8 de janeiro.

Fernando de Sousa Oliveira e Marília Ferreira de Alencar, que ocupavam cargos na segurança pública do DF, também são denunciados por inércia na contenção dos ataques às sedes dos Três Poderes.

Mauro Cid é apontado como peça-chave na disseminação de informações falsas e na articulação de estratégias contra o sistema eleitoral.

Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima e Walter Souza Braga Netto teriam participado do planejamento de ações clandestinas e monitoramento de locais estratégicos.

Carlos Rocha, ligado ao Instituto Voto Legal, é acusado de produzir laudos falsos sobre fraude nas urnas eletrônicas para embasar os discursos contra o Judiciário.

Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, foi denunciado por envolvimento na tentativa de golpe e adesão ao grupo.

A denúncia apresentada pela PGR agora aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a abertura da ação penal.

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