Autoridades discutem propagação da ‘vassoura-de-bruxa’ em plantações de mandioca no AP


Prevenção à praga é feita com o desenvolvimento do controle e da sustentabilidade. Seminário que reuniu agricultores e autoridades em Porto Grande, discutiu os impactos que podem ser causados em casos de propagação. Praga ‘vassoura de bruxa’ deixa plantio de mandioca com aspecto amarelado ou verde claro
Divulgação/Embrapa
Um seminário no campus agrícola do Instituto Federal do Amapá (Ifap), do município de Porto Grande, distante 102 quilômetros de Macapá, reuniu agricultores e autoridades para a discussão de uma possível propagação da doença ‘Vassoura-de-Bruxa’ em plantações de mandioca no município.
A ação foi realizada através da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca de Porto Grande, que vai implementar algumas ações para evitar a disseminação.
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Até o momento, não há registro da Vassoura-de-bruxa nas plantações de mandioca do município de Porto Grande . A mobilização é feita para levantar uma conscientização aos produtores locais de que essa doença existe e atinge o Amapá há um longo período.
Seminário em Porto Grande fala sobre ameaça de doença nas lavouras do município
Outro intuito da reunião é fortalecer o cultivo da mandioca, que é uma das principais culturas do Amapá além de ser um importante elemento da movimentação da economia.
“A vassoura de bruxa da mandioca, ela começou pelo Oiapoque, pelas aldeias indígenas e já se descobriu em Pedra Branca, o maior interesse é discutir sobre isso com os produtores da região”, disse Francisco Braga de Souza, secretário de Agricultura de Porto Grande.
Adilson Lima, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), disse que todo o conhecimento disseminado sobre o assunto é de extrema importância, para que os agricultores se mantenham em alerta, já que a doença mata as plantas de forma agressiva.
“Esse microrganismo pode tá se multiplicando no ambiente e como ele produz pequenas estruturas chamadas poros que são leves, esses poros podem estar sendo transmitidos pelo vento e por respingos de chuva. Essa possibilidade inclusive é bem relevante porque faz com que a doença se propague muito rapidamente na área”, explicou.
Como detectar a infecção?
Apecto da planta atingida pela doença lembra a aparência de uma ‘Vassoura de Bruxa’
Divulgação/Embrapa
Os principais sintomas causados nas plantas, afetadas pela praga, são ramos deformados e secos, nanismo, brotos fracos e finos nos caules, além de clorose, murcha e morte das plantas.
Como diminuir o impacto do fungo?
Monitoramento e Vigilância: o monitoramento nos plantios identifica e evita a proliferação;
Quarentena: limita que os materiais infectados sejam transferidos para outro lugar;
Manivas Sadias: uso de manivas com saúde comprovada, que não desenvolvam patógenos;
Tratamento Químico: utilização de fungicidas específicos para controlar a dispersão;
Práticas culturais: queima das plantas doentes para reduzir as áreas afetadas;
Sanitização: higienizar corretamente ferramentas usadas para destruir as plantas infectadas, com água e detergente e em seguida a sanitização com solução de hipoclorito de sódio a 1,25%
Isolar roupas: roupas usadas nas visitas às áreas atingidas, devem ser colocadas em um saco e lavadas rapidamente;
Comunicar a população: publicações, vídeos, fotos devem esclarecer á população sobre a condição, sinais e modos de transmissão.
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