Memória e Alzheimer


Quem nunca esqueceu um nome, um compromisso, confundiu palavras ou até onde guardou determinado objeto? Esses pequenos esquecimentos são experiências comuns e fazem parte do dia a dia de qualquer pessoa e nem sempre indicam um problema grave. Na maioria das vezes, podem estar associados ao estresse, ao cansaço, às noites mal dormidas ou à falta de atenção, mas que interferem tanto na recuperação quanto no armazenamento de informações. Mas e quando esses lapsos de memórias se tornam frequentes? Será que pode ser um sinal da Doença de Alzheimer?
A Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo todo e avança de maneira progressiva e irreversível. É o tipo mais comum de demência e impacta principalmente a população idosa. Além da perda progressiva de memória, os sintomas incluem déficits da atenção, da linguagem, dificuldade de raciocínio, desorientação no tempo e espaço, alteração do julgamento e comportamento, apatia e até alterações no ciclo do sono. Tudo isso pode comprometer a qualidade de vida do paciente e de seus familiares.
No início, os sintomas do Alzheimer podem passar despercebidos, já que os primeiros esquecimentos são sutis, como a dificuldade de lembrar atividades recentes. Por isso, muitas só buscam ajuda quando a doença já está em estágios mais avançados pois consideram que tais esquecimentos, mesmo que constantes, são comuns da idade. É importante que, na terceira idade, lapsos de memória também estar ligados à depressão, que muitas vezes surge por conta da solidão ou da falta de propósito nessa etapa da vida.
O fato é que, com o envelhecimento acelerado da população brasileira, nunca foi tão importante falar sobre a saúde dos idosos e da Doença de Alzheimer. Em uma sociedade que valoriza tanto a juventude, as questões sobre envelhecimento são deixadas de lado. No entanto, é essencial abrir espaço para esse debate, conscientizar as pessoas e garantir mais qualidade de vida na terceira idade.
Manter hábitos saudáveis, como atividades físicas, alimentação equilibrada, sono regulado, além de estimular o cérebro com leituras, jogos e novos aprendizados, é a melhor forma de preservar a memória e evitar problemas no futuro.
Vale lembrar que alguns esquecimentos, como os exemplos citados no início, podem indicar apenas que a atenção estava focada em outra coisa naquele momento. Mas quando os lapsos se tornam frequentes e interferem nas atividades do dia a dia, é importante buscar orientação médica. A Doença de Alzheimer não tem cura, porém quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de retardar sua progressão e manter a qualidade de vida. Créditos: Joselene Alvim-psicóloga
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