Juiz do Tocantins manda citar participante de processo por ‘telepatia, sinal de fumaça’ ou qualquer meio eficaz


Trecho da decisão foi publicado nas redes sociais e chamou atenção de internautas. Documento faz parte de um processo de inventário avaliado em R$ 3 milhões. Fórum da comarca de Colinas do Tocantins
Rondinelli Ribeiro TJTO
A decisão de um juiz do Tocantins chamou a atenção após ter um trecho do conteúdo divulgado nas redes sociais. No documento, ele determina a citação de uma das partes por “telemetria, telepatia, sinal de fumaça” ou qualquer outro meio eficaz.
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O trecho do documento foi publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (7) e o conteúdo confirmado pelo g1. O Tribunal de Justiça foi procurado para comentar o caso, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
A decisão faz parte de um processo que envolve um inventário de R$ 3 milhões e foi publicada no dia 9 de janeiro de 2025 pelo juiz Jacobine Leonardo, da 1ª Vara de Família Sucessões, Infância e Juventude de Colinas do Tocantins.
“Cite-se ou intime-se o inventariante (nos autos principais), por telemetria, telepatia, sinal de fumaça, mandado, carta precatória ou qualquer outro meio eficaz, para que se manifeste sobre as pretensões do autor”, diz o documento.
O inventariante citado no documento é a pessoa que fica responsável por administrar os bens deixados por um falecido, durante todo o processo de inventário e partilha.
O assunto repercutiu na internet, com muitos internautas elogiando o “senso de humor” do juiz e comentando que as partes não poderão reclamar que “não tentaram todos os meios para tentar comunicar”.
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A Justiça do Tocantins já protagonizou outras decisões curiosas. Em 2023, por exemplo, um oficial de Justiça foi até um cemitério tentar intimar uma pessoa morta, vítima de um latrocínio, após receber a ordem de intimação de um juiz.
Na devolutiva, o oficial ainda disse que foi ao cemitério e chamou o morto pelo nome “por duas ou três vezes” e não tendo obtido resposta ficou deduzido que o “intimado encontra-se mesmo morto”.
Em 2024, um julgamento acabou repercutindo na internet depois que a ré de um processo criminal abriu uma garrafa de cerveja durante uma audiência virtual. O juiz do caso acabou encerrando a audiência.
“Doutores, doutores. É o seguinte, doutores. Eu estou vendo que a ré acabou de abrir uma cerveja. Está gravado aqui. Doutores, eu não vou fazer interrogatório de uma pessoa que está bebendo em um ato – que é um ato sério – de julgamento”, afirmou o juiz Alan Ide Ribeiro da Silva.
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