Enchente no AC: 16 escolas estaduais estão com aulas suspensas e abrigam moradores de seis cidades


Em Rio Branco, são seis escolas estaduais usadas como abrigos por moradores afetados pela enchente do Rio Acre. As demais escolas ficam em Brasiléia, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Santa Rosa do Purus e Tarauacá. Escolas de Rio Branco também são usadas como abrigo para moradores afettados por cheia
Mardilson Gomes/SEE/arquivo
Dezesseis escolas da rede pública estadual estão com as aulas suspensas por conta das cheias dos rios e igarapés. Destas, 14 são usadas como abrigos por moradores afetados, conforme a Secretaria de Educação Estadual (SEE-AC).
As escolas ficam em: Brasiléia, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Rio Branco, Santa Rosa do Purus e Tarauacá.
O nível do Rio Acre segue subindo e chegou a marca de 16,58 metros às 15h desta quarta-feira (28). O manancial segue acima de 16 metros desde a última segunda (26) e já deixa mais de 1,5 mil pessoas fora de casa.
O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, 14.476 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização nesta quarta-feira (28). Além disto, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes.
Em Rio Branco, as escolas as cidades usadas como abrigos são:
Núcleo Calafate, no Conjunto Universitário:
Escola Alcimar Nunes Leitão – 22 famílias com 62 pessoas
Escola Ilka Maria de Lima – 23 famílias com 80 pessoas
Escola Leôncio de Carvalho: 7 famílias com 36 pessoas
Núcleo Baixada:
Escolas João Paulo II – 20 famílias com 71 pessoas
Escola Profª Marina Vicente Gomes – 13 famílias com 53 pessoas
Núcleo Bosque:
Escola João Batista Aguiar – 13 famílias com  45 pessoas
Saiba as cidades usadas como abrigo no interior:
Brasiléia – Escola Kairala José Kairala, Escola Getúlio Vargas, Escola Cel. Manoel Fontenele de Castro e Escola Instituto Odilon Pratagi
Jordão- Escola Manoel Rodrigues de Farias e Escola Jairo de Figueiredo Melo
Marechal Thaumaturgo – Escola Geraldo Pinto Correia Filho
Santa Rosa do Purus – Escola Padre Paolino Maria Baldassari
Tarauacá – Escola dr. Djalma da Cunha Batista e Escola Rosaura Mourão da Rocha
“Isso tudo é reflexo da cheia em todos os municípios, em todas as regionais, e é uma preocupação bem grande. Mas, em Rio Branco e demais municípios, as aulas continuam normalmente nas escolas que não foram alagadas e nem estão servindo como abrigo”, destacou o secretário estadual de Educação, Aberson Carvalho.
O gestor informou que os impactos no calendário escolar devem ser avaliados após a enchente.
Desabrigados recebem apoio nos abrigos montados nas escolas estaduais
José Caminha /Secom
Enchente em Rio Branco
São cerca de mil pessoas desabrigadas e pelo menos 567 pessoas desalojadas somente na capital, conforme o boletim emitido pelo governo do Acre nesta quarta. Somente nos abrigos mantidos pela Prefeitura de Rio Branco, no Parque de Exposições e escolas, são mais de 900 pessoas até à última atualização desta reportagem.
São 312 famílias, totalizando 936 pessoas, de acordo com levantamento feito pela manhã. No total, são 1.377 pessoas em abrigos. Segundo a Defesa Civil Municipal, há 60 mil pessoas afetadas pela enchente na capital acreana.
Acre decreta situação de emergência em 17 das 22 cidades acreanas por conta da cheia dos rios no estado
g1
Dezessete municípios do Acre estão em emergência por causa da cheia de rios e igarapés. Do total, 5.960 estão desabrigadas e 8.515 desalojadas, segundo o governo do estado. Municípios como Santa Rosa do Purus, Jordão e Assis Brasil, que já registraram vazante, estão sem atualização do quantitativo atual.
O decreto reconhecendo da situação consta no Diário Oficial da União (DOU), de domingo (25). A medida também havia sido publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE).
Situação no interior
O nível do rio Acre continua subindo nesta quarta-feira (28) em municípios do interior do Acre. Segundo a medição da Defesa Civil de cada município, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri tiveram um aumento na metragem nas últimas 24h.
Neste ano, a enchente já provocou o isolamento de Brasiléia por via terrestre, já que a ponte que liga à cidade a Epitaciolândia, teve que ser interditada no último domingo (25), por conta dos riscos de as águas invadirem a ponte. Isto ocorreu nesta terça-feira, quando o manancial alcançou os 15 metros no município.
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Em Brasiléia, o rio marcou 15,56 metros às 9h30 desta quarta-feira (28) e já enfrenta a maior enchente de sua história, de acordo com a Defesa Civil do município. Na última medição às 18h, o rio Acre estava com 15,27 metros. Com mais de 4 metros acima da cota de transbordo, que é de 11,40 metros, na cidade há mais de mil pessoas desabrigadas, e 2.968 pessoas que foram retiradas de suas casas e levadas para casas de parentes. 13 bairros foram atingidos pela enchente e 15 abrigos foram disponibilizados à população.
Vista aérea das regiões alagadas em Brasiléia, no interior do Acre
Arquivo pessoal
A medição do rio em Epitaciolândia apresenta os mesmos números de Brasiléia. Na cidade há 1.010 pessoas desabrigadas e 750 pessoas desalojadas. Quatro bairros foram atingidos pela enchente e 10 abrigos foram organizados para receber os desabrigados.
Já na cidade de Xapuri, o rio apresenta 15,65 metros às 6h desta quarta, com mais de dois metros acima da cota de transbordo. Na última medição às 18h de terça, o rio estava com 15,38 metros. Atualmente, 138 pessoas estão desabrigadas e 316 pessoas desalojadas em seis bairros atingidos. Na cidade há quatro abrigos para atender os desabrigados.
Previsão do tempo
A previsão do tempo para esta quarta (28), de acordo com os dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), será de céu nublado a encoberto com chuva a qualquer hora do dia nas cidades do oeste acreano.
Há possibilidade de grandes acumulados de chuva. Já na capital e demais regiões do estado, a previsão é de sol entre muitas nuvens, tempo abafado e pancadas de chuva com trovoadas entre a tarde e à noite.
VÍDEOS: g1
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