Piracema termina com R$ 209 mil em multas aplicadas por pesca proibida em Piracicaba


Medida vale até 28 de fevereiro e tem objetivo de evitar a pesca predatória e garantir a reprodução das espécies nativas. Durante o período, Polícia Ambiental fiscaliza irregularidades na região. Rio Piracicaba durante cheia em outubro de 2023
Edijan Del Santo/EPTV
O período da piracema, que impõe restrições à pesca predatória, chega ao fim nesta quarta-feira (28), às 23h59, com mais de R$ 209 mil em multas por irregularidades. Com o término, a pesca está permitida a partir desta quinta (29), com exceção ao perímetro urbano de Piracicaba (SP), onde é proibido pescar o ano inteiro.
📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba
O período da piracema regulamenta a pesca entre os meses de março e outubro. Ela tem objetivo de evitar a pesca predatória e garantir a reprodução das espécies nativas. Durante o período, praticar pesca amadora ou profissional de peixes nativos e em determinados locais é crime ambiental.
O período vai de 1º de novembro a 28 de fevereiro. Quem descumpre a medida, responde pelo crime, pode ser multado, detido e ter o produto da pesca, barcos, motores e veículos apreendidos.
Homem pescava na região da Rua do Porto na região da Ponte Pênsil em Piracicaba no último domingo, dia 25 de fevereiro
Claudia Assencio/g1
A Polícia Ambiental da Região Metropolitana de Piracicaba faz fiscalizações pelos perímetros dos rios e identifica eventuais descumprimentos da lei. Nos últimos quatro meses, foram abordadas 248 pessoas em Piracicaba, o que resultou em 78 autuações aplicadas por irregularidades.
O valor total das multas chegou a R$ 209.618,98 somente na metrópole, com 85 ações de fiscalização ao todo.
Em toda área de cobertura da Polícia Ambiental, que inclui 52 municípios da região, o número é ainda maior, com mais de R$ 824 mil em multas. Confira na tabela. 👇

Ações da Polícia Ambiental
Em nota enviada ao g1, a Polícia Ambiental informou que realiza diversas ações para coibir irregularidades no período da piracema. São elas:
Fiscalização em rios, lagos e represas para coibir a pesca predatória, com foco em áreas críticas e horários de maior movimento;
Patrulhamento terrestre e aquático para prevenir e reprimir crimes ambientais como a pesca ilegal, o uso de petrechos proibidos e a captura de espécies em extinção;
Educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância da piracema;
Realização de palestras, instruções educativas e distribuição de materiais informativos;
Monitoramento e avaliação dos impactos da pesca predatória nas populações de peixes.
Peixes subindo o Rio Piracicaba durante o período de Piracema
Gabriela Lopes/Arquivo pessoal
Proibido o ano inteiro⚠️
No caso do Rio Piracicaba, a pesca na zona urbana da cidade é proibida o ano inteiro. Os locais onde há proibição são sinalizados com placas e, mesmo fora da piracema, a pesca na zona urbana é crime ambiental.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a pesca dentro do perímetro urbano de Piracicaba é proibida no trecho entre a ponte “Zé do Prato”, próxima ao Shopping Piracicaba, e a Ponte do Morato, no final da Rua do Porto.
Piracema termina nesta quarta-feira
Claudia Assencio/g1
VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e Região
Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.