Aedes aegypti: Drones encontram mais de 9.200 potenciais criadouros do mosquito em 44 municípios do Norte de MG


Segundo a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, mais de 3,6 mil hectares foram mapeados entre a segunda quinzena de dezembro e a primeira de janeiro. Dos focos, 7.329 estavam em 43 localidades e os outros 1.874 foram localizados em Montes Claros. Um dos locais identificados pelos drones
SRS de Montes Claros/Divulgação
Utilizados para identificar focos do Aedes aegypti em áreas de difícil acesso, os drones encontraram mais de 9.200 potenciais criadouros do mosquito em 44 municípios do Norte de Minas Gerais.
Segundo a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, mais de 3,6 mil hectares foram mapeados entre a segunda quinzena de dezembro e a primeira de janeiro. Dos focos, 7.329 estavam em 43 localidades e os outros 1.874 foram localizados em Montes Claros.
Com o objetivo de mapear focos do Aedes aegypti em áreas de difícil acesso, municípios do Norte de MG utilizam drones
“Os locais de difícil acesso constituem um sério problema enfrentado todos os anos pelos municípios para a eliminação de focos do Aedes aegypti o que dificulta a redução de casos notificados e confirmados de arboviroses. Com isso, uma grande quantidade de pessoas acaba sendo acometida por doenças transmitidas pelo mosquito, além da ocorrência de óbitos”, destacou a coordenadora de vigilância em saúde da SRS de Montes Claros, Agna Menezes.
De acordo com a SRS, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) investiu mais de R$ 2,2 milhões para utilizar os drones contra o Aedes. A tecnologia é focada principalmente em caixas d’água destampadas, topos de morros, depósitos irregulares de lixo e de materiais inservíveis e imóveis fechados ou abandonados.
Para a SRS, o uso dos drones torna mais ágil a identificação dos potenciais focos, que podem ser eliminados, contribuindo para a redução no número de casos de dengue, chikungunya e zika. O período de maior incidência de casos começa no mês de novembro e vai até maio.
“Dos 43 municípios que já tiveram áreas mapeadas, 33 localidades já receberam seus relatórios com mapas, planilhas e dados que possibilitam às secretarias municipais de saúde a tomada de decisões assertivas quanto ao envio dos agentes de controle de endemias aos domicílios nos quais foram detectados a existência de potenciais focos de proliferação do Aedes aegypti”, diz o diretor operacional da empresa responsável pelo mapeamento, Renato Mafra.
Nesses 43 municípios os potenciais focos estavam distribuídos da seguinte forma:
2.280 tonéis e tambores destampados
1.850 locais com acúmulo de lixo
916: piscinas
826: caixas d´água destampadas
685 pneus
635 lajes com acúmulo de água
131 máquinas e equipamentos aparentemente sem utilização
49 poços e cacimbas
Em Montes Claros, os 18.74 focos estavam distribuídos da seguinte forma:
578 piscinas
351 caixas d´água destampadas
342 locais com acúmulo de lixo
268 tonéis e tambores destampados
233 lajes com acúmulo de água
32 máquinas e equipamentos aparentemente sem uso
“A tecnologia dos drones amplifica a capacidade de resposta dos municípios na identificação de potenciais criadouros do Aedes aegypti. Com dados mapeados e identificados por meio de análises dos vídeos e fotografias, os municípios passam a ter condições de planejar de forma consistente as ações e os locais onde devem ser concentrados os esforços para a eliminação de focos de proliferação do mosquito. Além disso, a notificação dos proprietários dos imóveis passa a ser mais assertiva, por meio de fotografias e vídeos que comprovam a ocorrência de problemas nas áreas mapeadas”, finalizou Renato Mafra.
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