Suspeitos roubam mais de 500 medalhas de paratleta em Itapetininga


Além das medalhas, que possui valor sentimental, outros objetos pessoais foram levados pelos criminosos na sexta-feira (17). A Polícia Civil investiga o caso e, até o momento, ninguém foi preso. Investigação é conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais de Itapetininga.
Carla Monteiro/g1
A Polícia Civil investiga o roubo de mais de 500 medalhas do paratleta itapetiningano Guilherme Murosaki, elas foram roubadas por uma quadrilha, na tarde de sexta-feira (17). O pai do atleta e uma funcionária foram amarrados pelos criminosos durante o assalto. O atleta publicou um apelo nas redes sociais na expectativa de recuperar os objetos.
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Foram mais de 20 anos para conquistar cerca de 1100 medalhas, Guilherme Murosaki, de 35 anos, foi uma das vítimas do roubo. Ele conquistou as medalhas no últimos 20 anos, durante a carreira como atleta paralímpico. “Fiquei muito triste, mas, em contrapartida, pensei que ‘antes a vida do meu pai do que as medalhas’”, contou.
Segundo a família, no momento da ocorrência, o pai de Guilherme, de 63 anos, e uma funcionária, de 55 anos, estavam na casa quando três homens pularam o muro e anunciaram o assalto.
Os indivíduos amarram as duas vítimas enquanto pegavam os pertences. “Eles levaram televisores, celulares, joias, bijuterias, faqueiro, dinheiro, barraca de acampamento, furadeira, levaram até cobertores”, detalhou Guilherme.
Anos de dedicação
As medalhas roubadas estavam separadas em uma caixa. “ Uma parte ficava no baú, que já estava cheio, e outra parte eu coloquei em uma caixa de sapato, sendo as que eles levaram. Elas eram as mais bonitas”.
“Eu fico chateado, triste, por ser anos de treinamento que fiz, dediquei a minha vida pra depois acontecer isso…”, lamentou Guilherme.
Ele ainda tem esperanças de conseguir as medalhas de volta. “Com certeza, quero muito. Eu sou atleta paralímpico e as medalhas são frutos disso”, afirmou. Guilherme começou no esporte com quatro anos e só parou, profissionalmente, aos 28 anos, devido ao trabalho.
Guilherme iniciou nas competições paralímpicas de natação na escola que estudava. Depois, continuou no esporte representando o Centro de Pesquisa e Reabilitação Visual de Itapetininga (Ceprevi).
Guilherme Murosaki, de 35 anos, foi uma das vítimas do roubo. Ele colecionava as medalhas há mais de 20 anos
Arquivo pessoal/Guilherme Murosaki
“Eu enxergo de 10% a 15% no olho direito, já no olho esquerdo, eu não enxergo nada, isso é de nascença. E na escola fornecia esportes para gente praticar e eu praticava todos, até que um professor falou que ia me levar em um campeonato e eu acabei gostando, comecei a praticar natação como um atleta profissional”, relembrou.
Após diversos campeonatos participados, Guilherme conta quais foram os momentos mais significativos. “O campeonato mundial, nos Estados Unidos, e o campeonato pan-americano que ocorreu aqui no Brasil. Os dois foram entre 2005 e 2007”.
“Mas já competi, em Itapetininga, na região, em São Paulo, em outros seis estados pra mais, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia”, contou.
O que diz a polícia
Segundo o boletim de ocorrência, as vítimas, um homem, de 63 anos, e sua funcionária, de 55, foram rendidos por três indivíduos que invadiram a casa. Durante a ação, as vítimas foram amarradas e trancadas em um banheiro, enquanto os suspeitos fugiram levando dinheiro e itens de valor.
O roubo na casa da família, localizada na Vila Nastri, está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga
Informações que possam ajudar na investigação devem ser comunicadas pelos telefones 181 do Disque Denúncia e 190 da Polícia Militar.
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