Imagens aéreas mostram força de cabeça d’água que matou jovem afogado em cachoeira no Paraná


Meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, afirma que com o fenômeno, correnteza pode chegar à velocidade de 60 km/h e aumentar cerca de dois ou três metros em menos de 15 minutos. Imagens áreas mostram força de cabeça d’água que matou jovem afogado em cachoeira de Ponta
Imagens áreas registraram a força da correnteza que causou a cabeça d’água que atingiu a cachoeira São Jorge, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. O fenômeno foi registrado na quarta-feira (1º) e banhistas tiveram que ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Assista o vídeo acima.
Erick Van de Almeida da Costa, de 27 anos, estava com amigos na cachoeira quando foi pego de surpresa pelo grande volume de água e desapareceu. O corpo dele foi encontrado nesta quinta-feira (2).
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Segundo o meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) Reinaldo Kneib, a cabeça d’água ocorre quando uma espécie de tempestade acontece em um curto período de tempo na cabeceira de um rio.
“Com isso a água cai rapidamente, formando uma grande coluna. Dependendo do relevo da região e do volume de chuva registrado, a correnteza pode chegar à velocidade de 60 quilômetros por hora e aumentar cerca de dois ou três metros em menos de 15 minutos”, explicou ao g1.
Kneib afirma que o fenômeno é típico do verão, devido às pancadas de chuva repentinas que ocorrem nesta época.
O meteorologista orienta que banhistas devem evitar cachoeiras a qualquer sinal de chuva ou tempestade. Ele explica que nem sempre a chuva será registrada na queda dos rios, por isso o ideal é se afastar do local em caso de ventos fortes e nuvens escuras.
“Essa enxurrada vai se formando e o banhista não consegue ver. Essa água, além de vir em alta velocidade, pode acumular detritos pelo caminho, como pedras e galhos, sendo ainda mais perigoso para quem está nas cachoeiras venha a ser atingido”, afirmou Kneib.
De acordo com o meteorologista, por se tratar de uma chuva isolada, a estação meteorológica do Simepar não registrou o volume ocorrido na região da cachoeira.
Registro foi feito na cachoeira São Jorge, no distrito Itaiacoca, em Ponta Grossa
Fábio Dutra
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Registro assustador
O videomaker, Fábio Dutra, foi quem registrou as imagens do rio. Ele contou ao g1 que estava conhecendo a região com a namorada, quando percebeu a movimentação na cachoeira.
“Soubemos o que tinha acontecido com os banhistas e vimos que a água estava bem acima do padrão. Como eu estava com meu equipamento, resolvi subi o drone para fazer imagens. Eu fiquei impressionado e me assustei com a força da água. Nunca tinha visto isso”, contou ao g1.
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